quarta-feira, 31 de agosto de 2011

A LITOSFERA BRASILEIRA

Entenda a distribuição do território brasileiro. A primeira coisa que devemos lembrar é que, pelo posicionamento do território brasileiro, na área mais central da placa tectônica, não ocorre os fenômenos típicos dessas áreas, como os terremotos, os vulcões ou as montanhas – na verdade há, hoje, uma grande instabilidade da litosfera brasileira e as rochas brasileiras mais recentes são produzidas somente pelos agentes externos (rios, ventos, mar, intemperismo etc.
Por outro lado, a maior parte do território brasileiro já existe desde as eras Arqueozóica e Proterozóica – lembre-se que ele fazia parte da Pangéia e, posteriormente, com a divisão dela, do chamado continente de Gondwana, o que significa eu sua base é constituída pelas rochas mais antigas – as ígneas ou magmáticas e as metamórficas, que chamamos de cristalinas.
Claro que, posteriormente, muitas outras rochas, agora sedimentares, acumularam-se nas áreas mais rebaixada do relevo; que também passaram por movimentos de transformação e chegaram a constituir áreas mais elevadas, áreas onde se acumularam mares internos e lagos, ás áreas onde ocorreram fraturas das rochas, produzidas sobretudo, pelo levantamento dos Andes no Oeste da placa tectônica.
Assim podemos dizer que no Brasil, há uma grande diversidade litológica. E, na superfície essa diversidade também aparece, formando o relevo atual
A superfície atual do Brasil é constituída, em sua maior parte, por áreas de bacias sedimentares, algumas das eras geológicas mais antigas e outras que estão sendo preenchidas agora - 60% do total do território. Lembramos que o território brasileiro é muito antigo, desgastado pelo processo de erosão.
Há ainda áreas de escudos cristalinos, aquelas áreas onde há concentração de rochas magmáticas e metamórficas antigas, na proporção de 36% do território nacional.
Os 4% restantes da superfície são constituídas por rochas vulcânicas que, durante a era Mesozóica, recobriram áreas sedimentares.
Assim, podemos dizer que, no Brasil, há uma grande diversidade litológica. E, na superfície essa diversidade também aparece, formando o relevo atual.






sexta-feira, 19 de agosto de 2011

A ESTRUTURA DA TERRA

Nos encontramos hoje na Era Cenozóica, Período Quaternário. É a partir daqui que vamos pesquisar. Além disso, o que mais conhecemos de nosso planeta, o mais próximo de nós é a sua superfície, lugar em que vivemos, atuamos, estabelecemos relações com o solo, com os vegetais com os animais, os outros homens – enfim, onde fazemos nossa história e construímos nossa história e construímos o espaço geográfico.
1. A atmosfera (cobertura gasosa) – a atmosfera é a camada gasosa que envolve toda a Terra e a acompanha no movimento de translação. Sua composição é de gases diversos que variam conforme a altitude. Também as temperaturas diminuem com a altitude.
Ela é uma camada de proteção contra os raios solares e radiações e que, sem ela, poderiam nos atingir e produzir excesso de calor ou de frio e, consequentemente a morte dos seres vivos. Protege-nos também de meteoritos e cometas que eventualmente poderiam atingir a Terra e causar grandes danos.
Mais próxima da superfície, constitui-se principalmente de nitrogênio, pequenas porções de gás carbônico e vapor d’água e, sobretudo, de oxigênio, fundamental para nossa sobrevivência.
2. A hidrosfera (camada líquida) – a hidrosfera é constituída pelas águas que ocupam a maior parte de nosso planeta . Três quartos da superfície terrestre estão cobertos por água e de cada 100 litros, 98,8 litros estão nos oceanos.
A água regula grande parte dos processos que ocorrem na Terra, sobretudo o ciclo da água e, consequentemente, funciona como regulador térmico (calor/frio) ou climático.
3. A litosfera (camada sólida) – a litosfera é a parte sólida da Terra, é a camada mais próxima de nós. Contudo, o que chamamos de litosfera corresponde, além do “chão” em que pisamos, ao chão dos oceanos – chamamos de crosta terrestre – e, mais interiormente, a uma parte de material pastoso próximo à superfície. Essa parte pastoso é chamada de astenosfera. Assim, litosfera é a camada formada pela crosta terrestre e pela astenosfera.
Essa é a parte mais difícil de conhecermos, já que as temperaturas aumentam à medida que nos aproximamos do centro, ou seja, conforme aumenta a profundidade. O homem não consegue penetrar além de uma fina camada. Só na parte em que conseguimos penetrar há o aumento de 1ºC de temperatura a cada 33 metros de profundidade(grau geotérmico)
No entanto, utilizando instrumentos que chamamos de sismógrafos, é possível diferenciar velocidade e trajetória de ondas sísmicas até o centro da Terra, o que nos permite perceber densidades variadas e acaba nos dando uma idéia das diferentes camadas internas (Crosta terrestre, Manto e Núcleo) da Terra.
• Crosta terrestre – forma como uma casca do planeta, tem em média 55 Km de espessura nas áreas continentais, mas é mais fina nas áreas recobertas pelos oceanos. É composta por minerais mais leves como silício e alumínio (Si, Al).
• Manto – fica logo abaixo da crosta, tem uma profundidade de 2.900 Km e ocupa 82% do volume da Terra. Por causa das altas temperaturas, o material ali existente está em estado pastoso ou de fusão – chamamos esse material de magma. Quando chega à superfície, através de vulcões, esse material é denominado lava. O manto é composto por materiais mais pesados como o silício e magnésio (Si, Ma).
• Núcleo – representa 16% do volume da Terra e 32% de seu peso, tem uma espessura de aproximadamente 5.000Km e sua temperatura varia de 4.000 a 6.000ºC. Constitui-se de níquel e, sobretudo, ferro (Ni, Fe). A parte mais central é sólida, mas a parte próxima ao manto é líquida.
4. A biosfera (camada da vida) – a biosfera é denominada a camada da vida. As diferentes espécies de seres vivos, inclusive o homem, necessitam de elementos básicos para sua sobrevivência, como a luz solar, o ar, o solo, a água – portanto, necessitam de elementos das camadas da Terra, ou seja, a atmosfera, a hidrosfera e a litosfera. É esse conjunto de ambientes que denominamos biosfera.
Nela se processa um conjunto de relações de interdependência dos diversos elementos que se influenciam mutuamente – a alteração de qualquer um deles desencadeia reações nos demais, que atingem o sistema como um todo e, consequentemente, regulam o equilíbrio necessário à existência de vida.
É claro que essas relações sempre existiram, porém, hoje mais do que nunca, a compreensão da necessidade de sua preservação e de sua fragilidade se torna evidente para a preservação da própria humanidade.

A HISTÓRIA DA TERRA

A Terra, como parte do Sistema Solar, formou-se há aproximadamente 4,5 bilhões de anos – porém, ela não era exatamente como é hoje.
Durante todo esse tempo a Terra sofreu processos de mudanças, com maior ou menor intensidade, que acabaram por torna-la esse lugar mais ou menos segura para vivermos.
Essas mudanças foram extremamente rápidas em alguns momentos e mais
lentas em outros. É pesquisando o que temos hoje que podemos entender e recriar a história da Terra. Para isso usaremos a geologia – a ciência que procura decifrar a história geral da Terra, desde o momento que se formou a crosta terrestre, constituída de rochas, até o presente. Ela estuda tanto a parte realmente histórica, datando cronologicamente, por meio de métodos diversos, cada estrato, como a composição, estrutura e fenômenos geológicos formadores da crosta.
Os geólogos também partiram do que estava mais próximo para, por meio de comparações e deduções, chegar a reconstruir a história da Terra. A diferença está na medida de tempo usada: no caso do homem falamos em anos, séculos, milênios, enquanto com a Terra utilizamos milhões e bilhões de anos, divididos em eras geológicas e períodos, daí, partimos do hoje até sua origem.


Era Cenozóica - (dura há 60 milhões de anos).
Período Quaternário
• Origem do homem;
• Glaciação ao norte do planeta.
Período Terciário
• Aparecimento dos mamíferos
• Dobramentos modernos (altas cordilheiras)

Era Mesozóica ou Secundária – (durou 140 milhões de anos)
Período: Cretáceo, Jurássico e Triássico
• Répteis figantescos;
• Erupções vulcânicas.

Era Paleozóica ou Primária – (durou 380 milhões de anos)
Períodos: Permiano, Carbonífero, Cambriano
• Grande número de fósseis indicando o aparecimento de peixes e anfíbios;
• Grandes áreas recobertas por florestas.

Eras Proterozóica e Arqueozóica ou Pré-Cambriana – (durou cerca de 4 bilhões de anos)
Períodos: Algonqueano e Arqueano
• Primeiros sinais de vida – seres primitivos unicelulares e pouco complexos.
• Solidificação da crosta terrestre.

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