Para regionalizar, costuma-se dividir o espaço geográfico em partes, de acordo com um ou mais critérios. Determinadas áreas da superfície terrestre apresentam características naturais, históricas, culturais, sociais e econômicas que estão relacionadas entre si. Cada área dessas podemos denominar região.A regionalização é uma forma de descentralizar a administração para melhor planejar as ações políticas e também para facilitar a pesquisa e a coleta de dados sobre o território.
Há diversos formas de regionalizar o espaço geográfico mundial. Pode-se, por exemplo, dividi-lo com base nos continentes: América, Ásia, Europa, África, Oceania e Antártida; ou a partir dos níveis de desenvolvimento econômico e social dos países: desenvolvidos e subdesenvolvidos.
Assim, a regionalização é a divisão do espaço geográfico em regiões, em partes menores, de aspectos naturais, culturais e socioeconômicos comuns. Nessa divisão não há exclusão das interações com todas as demais regiões.
A primeira divisão regional oficial do Brasil foi estabelecida em 1942 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Desde então, diferentes classificações foram elaboradas pelo IBGE, inicialmente adotando como critério os aspectos naturais (regiões naturais) e, posteriormente , critérios geoeconômicos.
Todas as regionalizações realizadas pelo IBGE foram feitas de modo a agrupar as unidades federativas, ou seja, os 26 atuais estados brasileiros e o Distrito Federal, que, juntos, formam a República Federativa do Brasil.
O mapa ao lado mostra a atual divisão regional estabelecida pelo IBGE. Os limites de cada uma das macrorregiões acompanham as divisas entre os estados.Em 1964, o geógrafo Pedro Pinchas Geiger estabeleceu outra forma de divisão regional do Brasil. Nesse modelo, que não é oficial, o espaço geográfico brasileiro está dividido em três áreas bastante extensas, denominadas complexos regionais: Amazônia, Nordeste e Centro-Sul.
A divisão em três complexos regionais é uma classificação que leva em conta a formação histórico-econômica do país. Considera também a recente modernização econômica que ocorreu no espaço urbano e estabeleceu novas formas de vínculo entre lugares do território brasileiro , além de criar uma nova dinâmica de relações entre a sociedade e a natureza. Assim, essa classificação permite entender melhor como o espaço geográfico brasileiro está organizado.
Entendemos, porém, que essa classificação apresenta um problema. Ela não permite a utilização dos dados estatísticos do IBGE de forma integral, pois eles estão agrupados conforme as cinco macrorregiões.
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