Capitalismo e socialismo são dois tipos de sistemas sócio-econômicos bastante diferentes um do outro.
O capitalismo: simplificadamente, podemos dizer que o capitalismo se caracteriza por apresentar uma economia de mercado e uma sociedade dividida em classes sociais.
Por economia de mercado, devemos entender a situação em que o mercado desempenha o papel principal nas decisões econômicas. Tais decisões são tomadas pelos donos das empresas privadas (os capitalistas) ou por seus representantes (diretores, administradores) e, sempre têm por objetivo o lucro das empresas. Assim, as transações econômicas e os investimentos são feitos de acordo com as tendências do mercado. Se houver escassez de sapatos, por exemplo, a tendência será o aumento do preço desse produto. Em conseqüência, os donos do capital tenderão a investir em fábricas de calçados, pois essa atividade poderá render uma lucratividade maior.
A sociedade capitalista é dividida basicamente em duas classes sociais: a burguesia, composta pelos capitalistas, donos dos meios de produção (fábricas, bancos, fazendas, etc), e o proletariado, constituído por aqueles que, não possuindo meios de produção, têm de trabalhar para os que os possuem, em troca de um salário. Essas são as principais classes do sistema capitalista. No entanto, existem pessoas que não se enquadram perfeitamente em nenhuma delas. Os profissionais autônomos (advogados com escritório próprio, médicos com seus próprios consultórios, ...) não podem ser classificados nem como capitalista nem como proletário. Há ainda o caso de algumas pessoas em situações econômicas não – capitalistas, como, por exemplo, certos trabalhadores rurais, que não recebem salários do proprietário das terras, mas sim parte do que produzem.
O socialismos: no socialismo a economia é planificada e não há divisão de classes sociais. Na economia planificada, o elemento principal do funcionamento do sistema econômico (produção, consumo, investimentos,...) é o plano e, não o mercado. Nesse sistema, os meios de produção são públicos ou estatais, quase não existem empresas privadas. Assim, as decisões econômicas são estabelecidas através de uma planificação central, que determina antecipadamente o que será produzido na agricultura, na industria, nos serviços, durante o período abrangido elo plano . as decisões são mais centralizadas que na economia de mercado, na qual cada empresa planeja sua atuação.
No sistema de economia planificada não existe mercado de capitais (compra e venda de ações), pois, sendo as empresas de propriedade pública e, portanto, teoricamente pertencente a todos, não tem sentido a emissão de ações de uma empresa. Também não existe mercado de trabalho (oferta e procura de emprego), já que o plano tem de levar em conta o crescimento do número de trabalhadores e aumentar os empregos na mesma proporção. Se ocorrerem fatos inesperados, o trabalhador parado tem direito a receber um pagamento, enquanto espera por uma vaga. Não existindo empresas privadas, o socialismo seria então uma sociedade sem classes sociais, já que as classes seriam na teoria determinada pela forma de apropriação dos meios de produção.
Contudo, é bom deixar claro que essas noções a respeito do socialismo e da economia planificada sempre foram diferentes na prática. A socialização ou estatização dos meios de produção, por exemplo, nunca acabou de fato com a diferença entre classes sociais; ao invés de serem públicas, isto é, do povo, as empresas estatais na realidade são controladas por uma elite burocrática que se tornou a nova classe dominante nesses países.
Os países socialistas – foram deixando o seu sistema sócio-econômico de lado e introduzindo mecanismos de mercado (privatizações de empresas estatais, reabertura do mercado de capital, a lei da oferta e da procura substituindo progressivamente os planos qüinqüenais ...) em suas economias. Por isso o chamado Segundo Mundo está quase extinto.
Prof. Walter/2011
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muito bom
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