sábado, 12 de março de 2011

3º - A Revolução Industrial - 3


A medida que o capitalismo avançava, havia a necessidade de um crescente aumento da produção e também uma maior concorrência entre os donos das manufaturas. Para minimizar custos e baixar preços, era necessário aumentar a produtividade e os ganhos. Foi nesse clima que a maquinofatura emergiu, por volta da segunda metade do século XVIII (1750), inicialmente na Inglaterra. Em seguida, estendeu-se para outros países através de um processo conhecido como Revolução Industrial. Processo que provocou, profundas modificações na sociedade , na economia e, portanto, na organização do espaço. A Revolução industrial teve como elemento dinamizador a invenção da máquina a vapor movida pelo carvão mineral, principal fonte de energia desse período.
A introdução da máquina a vapor na produção de mercadorias e a maior divisão do trabalho – própria do sistema fabril, no qual cada trabalhador realiza uma etapa específica –, possibilitou a produção em larga escala. As antigas formas de produção artesanal e manufatureira foram, aos poucos, sendo abandonadas.
Com a revolução nas técnicas de produção e a organização do trabalho a partir de então estabelecidas, abriu-se um novo caminho para o enriquecimento dos países: a produção fabril, o livre comércio(concorrência), o investimento em tecnologia e a ampliação do mercado mundial. Esses elementos tornaram-se indispensáveis à busca de lucratividade.
Nesse sentido, ampliar a capacidade produtiva por meio da produção industrial significa também a necessidade de ampliar o mercado para os seus produtos e conquistar outras áreas para o fornecimento de matérias-primas.
A Revolução Industrial elevou ainda mais o grau de interdependência entre os países, re-configurando o espaço mundial. Além de ampliar a divisão do trabalho dentro de cada unidade de produção (a fábrica), estabeleceu uma Divisão Internacional do Trabalho entre as novas potências econômicas, fornecedoras de produtos industrializados, e as regiões dependentes, especializadas na produção de matérias-primas agrícolas e minerais.
A maquinofatura ou indústria moderna significou um novo e profundo avanço na atividade industrial, pois:
• Substitui a habilidade manual do trabalhador pela capacidade de operar os equipamentos industriais, muitas vezes de forma repetitiva e pouco criativa.
• Intensificou a divisão do trabalho que já havia se iniciado com a manufatura, ou seja, o trabalhador se especializava apenas em uma parte do processo produtivo, não sabendo mais produzir sozinho uma mercadoria.
• O fato mais marcante, no entanto, é a utilização de máquinas avançadas, movidas por modernas formas de energia (calor, eletricidade, petróleo), que aumentam a velocidade de produção e precisam de poucos trabalhadores. Assim, uma única máquina multiplica a produção, sendo que, antes, cada produto era feito por um trabalhador.
Esse processo produtivo, que consiste em produzir o máximo num mínimo espaço de tempo, é conhecido como Taylorismo (E. Taylor). Sua expressão máxima ocorre com o Fordismo (H. Ford) em que, além da produção em massa, se considera também o consumo em massa – este só pode ser aplicado com maior eficácia nos países do Norte, onde os salários eram compatíveis com o consumo.
A medida que a indústria se vai consolidando, o espaço geográfico também vai sofrendo profundas transformações: muda o espaço físico do campo para a cidade, mudam as relações do trabalho com a natureza e entre si.
Com o aparecimento da manufatura e, depois, da maquinofatura, localizado no espaço urbano, há necessidade de duas coisas fundamentais ao processo produtivo: mão-de-obra e matéria-prima. Para atrair mão-de-obra sem que faltassem trabalhadores para o campo, na produção de matérias-primas foi necessária a mecanização do campo, assim aumenta a produção e, conseqüentemente, provoca o desemprego no meio rural.
Esse contingente de mão-de-obra liberada do campo procura a cidade em busca de emprego na fábrica, provocando o crescimento desordenado de centros urbanos – a cidade, assim, passa a comandar o campo, determinando tudo que ele deve produzir (matéria-prima e alimentos para a população urbana) e consumir (máquinas, produtos industrializados etc.).
Por outro lado, a indústria moderna também necessitava de fontes de energia (carvão, eletricidade), de recursos minerais (ferro, bauxita, manganês e outros minerais) de fácil circulação e distribuição das mercadorias (transportes) e sua localização acaba ocorrendo nas proximidades desses recursos. Assim, nasceram as principais ares industriais, ou seja, extensas áreas, que englobam várias cidades, onde se concentram as indústrias.
Essas áreas, além dos recursos já existentes, receberam ainda altos investimentos no setor de comunicação, principalmente com a construção de ferrovias, estradas, sistemas de canais etc.

Prof. Walter/2011
Geografia

Clicar na imagem para ampliar

4 comentários:

  1. Parabens professor, da para tirar todas as duvidas através do blog. muito bom (y

    ResponderExcluir
  2. Que bom que gostou, afinal a proposta é essa mesmo, possibitar outros mecanismos pelos quais vocês possam apropriar-se do conhecimento.

    Grande abraço.

    ResponderExcluir
  3. muito bom professor, adorei o seu blog, bem que todos os professores poderiam aderir a esse método também, iria ajudar muito os alunos, Parabéns professor.
    Sua Aluna do 3º B -

    ResponderExcluir
  4. Alene, obrigado.

    Saiba que dá um trabalhão danado, mas, vale muito, afinal essa é a profissão que eu escolhi e da qual gosto muito. É uma satisfação ver que de alguma forma estamos contribuindo para a ampliação de conhecimento.

    Abraço.

    ResponderExcluir