sábado, 27 de setembro de 2014

O MUNDO PÓS 1945 - GUERRA FRIA

No fim da Segunda Guerra Mundial, os espaços urbanos e rurais dos países europeus estavam desestruturados em termos de produção, habitação e circulação. A produção, voltada para uma economia de guerra por quase seis anos, encontrava-se totalmente desorganizada, e os países estavam endividados.
A Alemanha foi divida em quatro zonas de ocupação. Em maio de 1949, as zonas de ocupação francesa, britânica e estadunidense transformara-se na República Federal da Alemanha ( Alemanha Ocidental). Um mês depois, a zona de ocupação soviética deu origem à República Democrática Alemã (Alemanha Oriental) a cidade de Berlim, capital da Alemanha, também, foi dividida em quatro zonas de ocupação, Berlim ocidental foi ocupada por França, reino Unido e EUA, e Berlim oriental pela URSS. Em a961, foi erguido o Muro de Berlim, para impedir a fuga de berlinenses orientais e circulação de mercadorias entre as duas partes, uma vez que passou a ocorrer a venda da alimentos a preços baixo (subsidiados pelo governo da Alemanha Oriental) aos ocidentais.
Os Estados unidos foram os grandes beneficiados dessa desestruturação, pois, durante a guerra e por um longo período após seu término, constituíram-se no principal fornecedor de mercadorias e capital para os países envolvidos no conflito.
A então União Soviética foi a outra grande vencedora. Recuperou os territórios da Estônia, da Letônia e da Lituânia, parte do território da Polônia e da Romênia, anexou a Prússia Oriental (atual Kaliningrado, território Russo situado entre a Polônia e a Lituânia) e estendeu sua influência a todo o Leste Europeu e à parte oriental da Alemanha.
Com o enfraquecimento das potências europeias (Reino Unido, França e Alemanha, o mundo passou a estruturar-se a partir de dois polos opostos – Estados Unidos e União Soviética –, que começaram a disputar a hegemonia mundial.
A guerra delineou uma ordem mundial conhecida como bipolar, em que os antagonismos entre o mundo capitalista e o socialista tornaram-se muito mais intensos, em razão do fortalecimento da União Soviética.
A aliança entre os países capitalistas e a União Soviética, durante os anos de guerra, foi assegurada pela necessidade da luta contra o inimigo comum: a Alemanha. Mas no período pós-guerra ficou claro que entre esse países existiam mais diferenças do que afinidades.
Após o fim da Segunda Guerra Mundial e a derrota do nazi-facismo, surgiram novos problemas internacionais. Os acordos de guerra, a implantação do socialismo no Leste Europeu e a perspectiva de sua expansão para os outros países do mundo colocaram em lados opostos a União Soviética e as demais potências vencedoras (Estados Unidos, França e Reino Unido).
Para os Estados Unidos, a ampliação da área de influência soviética representava uma ameaça à sobrevivência do mundo ocidental (capitalista), motivo pelo qual os esforços para contê-la foram ilimitados.
Em 1947, o presidente Truman, dos EUA, deu início a uma política de contenção da expansão socialista, conhecida como Doutrina Truman. Em declaração ao congresso estadunidense, em 11 de março de 1947, o presidente afirmou: “a política dos Estados Unidos será a de prestar apoio aos povos livres que resistem às tentativas de subjugamento por obra de minorias armadas e de pressão de exterior.”
As palavras de Truman eram endereçadas à então União Soviética e aos grupos que estimulavam a Revolução Socialista em outros países do mundo. Essa declaração, que indicava uma nova política externa para os Estados Unidos, é considerada um dos marcos iniciais da Guerra Fria.
Ainda em 1947, o secretário de Estado norte-americano, George Marshall, anunciou um plano de apoio financeiro para a reconstrução europeia. Para os Estados Unidos, o Plano Marshall tinha dois objetivos principais: assegurar sua influência na parte ocidental da Europa e em outras regiões do mundo e reorganizar a economia capitalista mundial, fundamental para o escoamento de seus produtos e de seus investimentos no mercado externo.





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