quinta-feira, 13 de novembro de 2014

O CONTINENTE EUROPEU

Com uma área de pouco mais de 10 milhões de quilômetros quadrados (10.521.466 Km²), que corresponde a apenas 7% das terras emersas, a Europa é uma das menores massas continentais do globo. O continente europeu estende-se do oceano Atlântico aos montes Urais, que o separam da Ásia.
Diferente dos outros continentes, as terras da Europa não estão distribuídas de forma compacta. Seu extenso litoral, bastante recortado, contêm um grande número de mares, golfos, penínsulas, fiordes e outras formações geomorfológicas. Isso facilita a construção de portos, favorecendo a utilização de transporte marítimo, mesmo entre regiões de países do próprio continente.
Dos mares europeus, os mais importantes são: Mar Mediterrâneo, Negro, Adriático, do Norte, Báltico, da Noruega, Egeu e Cáspio.
Ao norte do continente, em razão dos climas frios, alguns mares, parte do Atlântico e do Ártico congelam –se durante o inverno, dificultando a navegação.
A Rússia é um dos países mais afetados pelas baixíssimas temperaturas no inverno, pois as saídas por mar para o Atlântico, as únicas com as quais o país pode contar, ficam congeladas nessa estação. O acesso ao Atlântico é feito pelo Mar Mediterrâneo, passando pelo Mar Negro e atravessando o estreito de Bósforo.

Dentre as várias penínsulas, destacam-se :
a. a península Escandinava, onde se localiza a Noruega e a Suécia;
b. a península da Jutlândia, onde se situa a Dinamarca;
c. a península Ibérica, constituída pela Espanha e Portugal;
d. a península Itálica, onde se localiza a Itália;
e. península Balcânica ou dos Bálcãs, constituída por Bulgária, Croácia, Bósnia-Herzegovina, Sérvia, Montenegro, Macedônia, Turquia (parte europeia), Grécia e Albânia.

Sobressaem também ilhas e arquipélagos:
a. no oceano Atlântico o arquipélago Britânico, cujas maiores ilhas são Grã-Bretanha e a Irlanda, o arquipélago dos Açores e a Ilha das Islândia;
b. no mar Mediterrâneo, as ilhas Baleares e as de Sardenha, da Sicília, de Córsega e de Creta;
c. no mar Egeu, a arquipélago Grego.

quarta-feira, 12 de novembro de 2014

TRISTE REALIDADE

É triste a realidade da educação e dos cidadãos que estamos formando. No último sábado ocorreu o Exame Nacional do Ensino Médio. Nossos cidadãos do "futuro" estão carregando para todos os ambientes os péssimos hábitos de seu cotidiano, demonstrando que não estão preparados para o cenário externo, adotando um comportamento cada vez mais padronizado. Muitos não sabem se comportar diante de várias situações, perdendo oportunidades que surgem. Usam as ferramentas tecnológicas a todo momento e em qualquer lugar. Elas são importantes em nossas vidas, mas não podemos nos tornar reféns dessa tecnologia, ao ponto de perdermos a exata medida de seu uso.
Nas aulas, percebo que muitos alunos não prestam a mínima atenção, buscando meios de desviar a atenção do professor para navegar no celular. O desgaste é muito grande, tendo em vista que a todo momento temos que intervir para que volte sua atenção para a aula.
É sabido por todos que em um exame, eleição, concurso, cinema, teatro e em muitos espaços pelos quais passamos, algumas atitudes e uso de equipamentos eletrônicos ou de telefonia celular são proibidos. Porém, muitos adolescentes e até adultos vem apresentando um comportamento e atitudes incompreensivas. Estamos falando de seres racionais, que pensam e sabem distinguir o que é correto, daí não aceitarmos esse desvio comportamental.
Durante os exames do ENEM mais de 1.500 indivíduos foram flagrados usando o celular, tirando selfie e postando nas redes sociais, alguns se retirando da sala de exame antes das duas horas mínimas, assim, foram desclassificados e convidados a se retirarem da sala. Isso mostra a pouca importância que essa geração vem dispensando as convenções sociais e as instituições.
Felizmente, creio que a maioria foram com compromisso e responsabilidade, com o propósito de executar aquilo para o qual se increveu, atingindo o sucesso pleno.























Trabalho de parto durante a prova

Mercadante contou que uma participante do Enem em Teresina (PI) entrou em trabalho de

sexta-feira, 7 de novembro de 2014

O SIGNIFICADO DE SUBDESENVOLVIMENTO

Para algumas pessoas a expressão país subdesenvolvido industrializado parece absurda, já que se tornou comum a ideia de que os países subdesenvolvidos ou do Sul seriam não industrializados, economias agrícolas, e qualquer pais industrializado seria automaticamente desenvolvido ou do Norte. Essa ideia, porém, está errada. Vejamos o que significa subdesenvolvimento.
Em síntese, podemos afirmar que dois elementos são fundamentais para sua definição: a dependência econômica-tecnológica e as grandes desigualdade sociais.
A dependência dos países subdesenvolvidos em relação aos desenvolvidos significa que:
• Os países subdesenvolvidos, em geral, estão endividados, vivem em regime de dividas externas vultosas para com as grandes empresas financeiras internacionais, localizadas nos países desenvolvidos.
• Essas nações exportam (vendem ao exterior) produtos primários ou produtos industrializados com baixa tecnologia e importam (compram do exterior) produtos industrializados com elevada tecnologia; logo, estão em desvantagem em suas trocas internacionais, pois os artigos que importam têm preços maiores e valorizam-se maus com o decorrer do tempo;
• Grande parte das principais empresas localizadas nesses países são filiais de congêneres estrangeiras que remetem para suas matrizes boa parcela dos seus lucros. Isso provoca nos países subdesenvolvidos forte descapitalização (saída de capital), além de constante dependência tecnológica, pois essas empresas realizam pesquisas mais avançadas nos países desenvolvidos e apenas adaptam a tecnologia aos países subdesenvolvidos, cobrando para isso, o direito de patente.
Essa dependência tecnológica do Sul em relação ao Norte é agravada ainda mais pelo fato de os investimentos em educação e tecnologia serem muito precários nos países subdesenvolvidos , o que origina uma baixa qualidade média da sua força de trabalho e uma carência de novas ideias e técnicas apropriadas para suas realidades. Grande parte das ideias e técnicas produtivas implantadas nos países do Sul é apenas uma reprodução de padrões gerados nos países do Norte, para realidades diferentes, como exemplo, podem ser mencionadas certas técnicas agrícolas (como os agrotóxicos, a aragem dos solos) adequadas para os climas temperados que prevalecem nos Estados Unidos ou na Europa, mas bem menos eficazes nos climas tropicais de boa parte dos países; podem ser lembradas ainda as técnicas e a maquinas poupadoras de mão-de-obra, importantes nos países desenvolvidos, onde as taxas de natalidade são as mais baixas do mundo, mas contraproducentes em boa parte dos países do Sul, que ainda apresentam elevadas taxas de natalidade.
As grandes desigualdades sociais constituem o outro importante traço característico dos países do Sul, onde os contrastes entre a camada rica e a camada pobre da população são bem mais intensos. Pode-se afirmar, sem nenhum exagero, que, nos países subdesenvolvidos, em geral os ricos são mais ricos e os pobres são muito mais pobres que nos países desenvolvidos.
Assim pela dependência econômica-tecnológica dos países subdesenvolvidos, podemos notar como eles estão interligados aos países desenvolvidos. Na realidade dois grupos de países formam um único sistema internacional – o capitalista, que com o final do mundo socialista e com a globalização, tornou-se totalmente mundializado e cada vez mais interligado em todas as suas partes.
Como mencionamos, costuma-se reconhecer nesse sistema mundial duas partes ou dois mundos: o centro ou os países desenvolvidos, e a periferia ou países dependentes ou subdesenvolvidos. Há algumas décadas criou-se o termo semiperiferia para designar o grupo de países do Sul, no qual se inclui o Brasil, que possuem considerável industrialização e exportam produtos industrializados em grande quantidade. Essa noção de semiperiferia, portanto, é praticamente idêntica a de economias subdesenvolvidas industrializadas.

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO - PAÍSES RICOS E DESENVOLVIDOS

1. SEGUNDO ALGUNS AUTORES DOIS FATORES EXPLICAM O ALTO PADRÃO DE VIDA E O ELEVADO CONSUMO DA POPULAÇÃO DOS PAÍSES DENVOLVIDOS. CITE E EXPLIQUE ESSES FATORES.


2. DÊ AS CARACTERÍSTICAS DOS PAÍSES RICOS E DESENVOLVIDOS.


3. QUAIS OS ELEMENTOS UTILIZADOS PARA MENSURAR O DESENVOLVIMENTO DE UM PAÍS?


4. CITE OS PAÍSES QUE PERTENCEM AO BLOCO DOS PAÍSES RICOS E DESENVOLVIDOS.


5. EM SUA OPINIÃO, TODO PAÍS RICO É AUTOMATICAMENTE DESENVOLVIDO? JUSTIFIQUE.

OS MOVIMENTOS DA TERRA E SUAS CONSEQUÊNCIAS

A Terra é o planeta da terceira órbita do Sistema Solar, apresentando um tamanho semelhante ao de Vênus, com um diâmetro de 12.756 Km do Equador. É o único planeta que, reconhecidamente, possui vida na sua superfície , cuja maior extensão é recoberta por água. A Terra apresenta vários movimentos, entre os quais podemos destacar.
• Rotação: o movimento que a Terra descreve em torno de si mesma de oeste para leste. Esse movimento demora 23h56m – 24h aproximadamente – o que equivale ao período de um dia. Tal movimento nos dá a sensação da passagem do tempo e regula o “relógio biológico” do ser humano.
A principal conseqüência do movimento de rotação da Terra é a formação dos dias e das noites.
• Translação: o movimento que a Terra descreve ao redor do Sol. A Terra possui uma órbita ligeiramente elíptica e demora 365 dias e 6 horas para descrever esse movimento. Os calendários normais contam com 365 dias, mas, como as 6 horas restantes podem ser desprezadas, elas terão de ser adicionadas durante quatro anos até interarem 24 horas, ou seja, o período de um dia. Esse dia será integrado ao quarto ano, formando um ano de 366 dias, o ano bissexto.

A principal conseqüência da associação do movimento de translação da Terra em torno do Sol, com inclinação de 23º27’ do eixo de rotação da Terra em relação do plano da eclíptica (plano do movimento aparente do Sol em torno da Terra), é a formação das quatro estações do ano. Todo momento inicial de uma dessas quatro estações tem nomes especiais: solstícios de verão ou de inverno, equinócios de primavera ou outono.
• Solstícios: momentos em que ocorrem maiores desigualdades na distribuição da luminosidade nos hemisférios norte e sul, pois os raios solares atingem perpendicularmente a superfície da Terra na latitude de 23º27’30” N – Trópico de Câncer, marcando o início do verão do hemisfério norte em 21 de junho, coincidindo com o início do inverno no hemisfério sul. Entre 21 e 22 de dezembro, ocorre o solstício de inverno, no hemisfério norte e de verão no hemisfério sul, pois os raios solares atingem perpendicularmente a latitude de 23º27’30” – Trópico de Capricórnio.
• Equinócios: momentos em que os raios solares atingem perpendicularmente a latitude de 0º, o Equador, resultando na igual distribuição da luminosidade nos hemisférios norte e sul. Em 23 de setembro o equinócio de primavera no hemisfério sul, enquanto no hemisfério norte ocorre o equinócio de outono. Em 21 de março é a vez do equinócio de outono no hemisfério sul e de primavera no hemisfério norte.
A duração do dia e da noite vai variar no percurso da Terra ao longo da sua órbita, ou seja, durante o ano. É possível notar, mesmo para um país tropical como o nosso, que, durante o verão, os dias são mais longos e, nos invernos, os dias são mais curtos. No hemisfério sul, a máxima duração do dia será alcançada nos solstícios, dia 21 de dezembro (verão), enquanto que sua menor duração ocorrerá no dia 21 de junho (inverno). Para o hemisfério norte, inverte-se a situação. Haverá contudo, dois dias do ano em que a duração do dia e da noite será absolutamente igual, tanto para o hemisfério norte quanto sul, ou seja, 12 horas: tal fato ocorrerá nos equinócios de 23 de setembro (primavera) e 21 de março (outono).
Outro fato, produto da inclinação do eixo, é que quanto mais nos distanciamos da linha do Equador, tanto para o norte quanto para o sul, maior será a duração do dia no verão, chegando ao ponto de que, a partir dos círculos polares, o dia poderá ter 24 horas de duração durante o verão, ocorrendo então o fenômeno do “Sol da Meia-Noite”. De forma contrária, durante o inverno, o dia tende a diminuir sua duração e a noite torna-se mais longa, sendo que a partir dos círculos polares, sua duração passa a ter 24 horas, ou seja, escuridão o “dia” todo.

quarta-feira, 5 de novembro de 2014

OS PAÍSES RICOS OU DESENVOLVIDOS

Pertencem ao grupo de países denominados ricos ou desenvolvidos, os Estados Unidos, o Canadá, o Japão, a Austrália, a Nova Zelândia e as nações da Europa Ocidental (Alemanha, Inglaterra, Itália, França, Noruega, Suécia, Suíça, Espanha, Portugal, etc.).
Apesar de ter somente 12,5% da população do globo, os Estados do Primeiro Mundo concentram cerca de 70% da economia de todo o mundo.
Os países que conseguiram realizar seu processo de industrialização até o século XIX, são hoje considerados países desenvolvidos. Esses países ricos ou desenvolvidos são economias capitalistas muito industrializadas, algumas até consideradas superindustrializadas. – alguns autores preferem falar em sociedades pós-industriais – e com tecnologia mais avançada do mundo, principalmente os Estados Unidos, o Japão e a Alemanha.
Os países ricos geralmente apresentam altos índices de industrialização, detêm o domínio da pesquisa e da tecnologia, um dos pilares da economia mundial e da geração de riqueza, e comandam a economia global. São sedes das grandes companhias multinacionais (aquelas que operam no mundo todo), dominam o fluxo das finanças e do comércio, e são grandes exportadores de tecnologia, de serviços e de produtos sofisticados. O forte mercado interno consome grande parte do que é produzido nesses países.
O desenvolvimento de um país é medido por vários índices, entre eles, a expectativa de vida, a escolaridade, o PIB per capita e a renda per capita. Além desses, há o IDH, que considera vários desses indicadores para classificar o desenvolvimento humano.
Nos países ricos, a maioria da população tem uma ótima qualidade de vida, acesso a assistência médica e a educação de alto nível, entre outros benefícios. No entanto, também nesses países existem muitas pessoas que vivem em condições de pobreza. Nos Estados Unidos, por exemplo, os pobres correspondem a 15% da população, mais de 47 milhões de pessoas.
O elevado padrão de vida e de consumo que os países ricos usufruem pode ser atribuído a dois fatores – a) Na exploração que esses países sempre exerceram sobre os países subdesenvolvidos: os trabalhadores dos países ricos teriam se beneficiado, ao longo de décadas ou séculos de exploração, com a transferência de riquezas proveniente do Terceiro Mundo. b) Os próprios países desenvolvidos teriam alcançado tal status: a tradição de lutas e conquistas de direitos democráticos por parte de suas populações, organizando-se política e socialmente.
Os dois fatores possuem elementos verdadeiros, especialmente o segundo fator.
De fato, uma boa parte das riquezas produzidas nos países subdesenvolvidos vai para o exterior – os melhores produtos agrícolas, grande parte dos minérios e até uma parcela dos produtos industrializados. Algumas das grandes empresas existentes nos países do Sul são filiais de empresas estrangeiras, com suas sedes nos países desenvolvidos, para onde remetem parte de seus vultosos lucros.
Porém, nos países desenvolvidos também existem filiais de empresas estrangeiras, muito mais que nas economias subdesenvolvidas e a maior parte dos lucros das empresas multinacionais instaladas nos países subdesenvolvidos em geral não são aplicados nas economias desenvolvidas. São reinvestidos nos próprios países periféricos. Logo não é somente por causa das exploração dos recursos e dos lucros obtidos dos países pobres que os trabalhadores dos países centrais recebem salários maiores, mas sim pela própria produção interna dessas economias desenvolvidas.

RELEMBRANDO A LITOSFERA

A litosfera é formada por rochas diferentes, segundo sua origem.
Rochas magmáticas - são rochas originadas do resfriamento e consolidação do magma, quando ela se resfria e se consolida abaixo da superfície recebe a denominação de rochas cristalinas (intrusivas) e quando se resfria e se consolida sobre a superfície terrestre são denominadas de vulcânicas, as áreas de concentração desse tipo de rochas são chamadas de escudos, nesses lugares aparecem minerais que são largamente utilizados pelo homem nas atividades industriais – como o ferro, o manganês, o alumínio, o potássio etc.
Além disso, sabemos que essas rochas, sendo mais antigas, sofreram vários processo de transformações e sobretudo, erosão.
Rochas sedimentares - são rochas originadas da deposição de sedimentos de outras rochas, elas se caracterizam por apresentar a disposição de camadas.
Essa rochas podem-se constituir tanto de depósitos de sedimentos de outras rochas quanto de sedimentos orgânicos, como os vegetais e animais. Nas suas áreas de concentração, chamada de bacias sedimentares, podemos encontrar importantes produtos energéticos, como o carvão mineral e o petróleo.
Esse tipo de rocha vem-se formando e desgastando-se ao longo da história da Terra, desde a era Paleozóica e, hoje, podemos dizer que algumas delas são mais antigas, enquanto outras estão-se produzindo agora. Isso é importante porque elas vão formar diferentes formas de relevo,
Rochas metamórficas – são as rochas que se originam da transformação de outras rochas, como quartzito, ardósia, gnaisse etc., provenientes do processo de transformação químico e físico, isto é, temperatura e pressão.
Essas rochas, pelas suas características, aparecem junto às demais, especialmente as magmáticas ou ígneas e, portanto, também aparecem como fontes de recursos de minerais metálicos.
O relevo, portanto se constitui no modelado da organização dessas rochas na superfície terrestre, ou seja, são as formas aparentes do terreno da crosta terrestre. Também sabemos que esse modelado é construído por agentes internos ( vulcanismo e tectonismo) e externos (vento, chuvas, mar, águas correntes etc.).
Esses agentes agem diferentemente em cada tipo de rocha, em função da sua dureza, da sua antiguidade, da sua plasticidade etc.

A NOVA ORDEM MUNDIAL - MULTIPOLARIDADE

Desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945) até o final dos anos 80, prevalecia uma ordem mundial bipolar, centrada na oposição entre duas únicas grandes potências mundiais - os Estados Unidos e a União Soviética, cada uma delas liderando um de dois “mundos”: o capitalista e o socialista. Costuma-se dividir o espaço mundial em três principais grupos de nações: o Primeiro Mundo ou países capitalistas centrais (atual Norte), o Terceiro Mundo ou países capitalistas periféricos (atual Sul) e o Segundo Mundo ou países com economia planificada.
O Segundo Mundo, ou do socialismo real, era constituído por vários países – União Soviética, China, Mongólia, Cuba, Polônia, antiga Alemanha Oriental, etc., abrangendo 33% da população mundial no início dos anos 80 –, que procuraram romper com o capitalismo e construir uma sociedade diferente, baseada na planificação centralizada, e não na economia de mercado. Havia uma tensão permanente entre o capitalismo, que tem por base as empresas privadas e a busca de lucros, e o socialismo real, que tinha por base as empresas estatais e afirmava dar prioridade aos “interesses coletivos”, ao invés dos lucros individuais.
Essa experiência socialista surgiu no século XX (o primeiro país a adotá-la foi A Rússia, em 1917) como uma tentativa de abolir o capitalismo e a economia de mercado, construindo uma sociedade mais justa.
Essa experiência socialista ou de economia planificada entrou em profunda crise. Houve uma verdadeira corrida de retorno ao capitalismo, mais rápido e profunda em alguns países (antiga Alemanha, Oriental, Hungria, República Tcheca, Croácia) e mais lenta e superficial em outros (Albânia, Cuba, Coréia do Norte) porém generalizada.
Praticamente deixou de existir o Segundo Mundo ou “Mundo Socialista”, tal a natureza das mudanças que ocorreram nesses países. A constante tensão entre Estados Unidos, país líder do mundo capitalista, e A ex-União Soviética, líder do socialismo real, fazia com que os olhos do mundo todo estivessem voltados mais para a possibilidade de uma guerra entre as duas superpotências que para o problema da pobreza ou das disparidades internacionais.
A atual globalização, que avançou muito com a crise do socialismo real, uma vez que o países socialistas retornaram ao mundo capitalista e abriram suas economias para o exterior, une cada vez mais todos os povos e nações, mas, ao mesmo tempo, deixa cada vez mais claras as profundas diferenças que existem no globo terrestre.
A Nova Ordem Mundial – significa o plano geopolítico internacional das correlações de poder e força entre os Estados Nacionais após o final da Guerra Fria. Com a queda do Muro de Berlim, em 1989, e o esfacelamento da União Soviética, em 1991, o mundo se viu diante de uma nova configuração política. A soberania dos Estados Unidos e do capitalismo se estendeu por praticamente todo o mundo e a OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte) se consolidou como o maior e mais poderoso tratado militar internacional. O planeta, que antes se encontrava na denominada “Ordem Bipolar” da Guerra Fria, passou a buscar um novo termo para designar o novo cenário político.
A primeira expressão que pode ser designada para definir a Nova Ordem Mundial é a unipolaridade, uma vez que, sob o ponto de vista militar, os EUA se tornaram soberanos diante da impossibilidade de qualquer outro país rivalizar com os norte-americanos nesse quesito.
A segunda expressão utilizada é a multipolaridade, pois, após o término da Guerra Fria, o poderio militar não era mais o critério principal a ser estabelecido para determinar a potencialidade global de um Estado Nacional, mas sim o poderio econômico. Nesse plano, novas frentes emergiram para rivalizar com os EUA, a saber o Japão e a União Européia (Alemanha, Inglaterra, Itália, França, etc) em primeiro momento, e a China em segundo momento, sobretudo a partir do final da década de 2000. Isso significa que a hegemonia econômica mundial está distribuídas entre várias potencias, distribuídas em três blocos econômicos – o Bloco americano (EUA), o Bloco do Pacífico (Japão) e Bloco Europeu (União Européia).
Por fim, temos uma terceira proposta, mais consensual: a unimultipolaridade. Tal expressão é utilizada para designar o duplo caráter da ordem de poder global: “uni” para designar a supremacia militar e política dos Estados Unidos e “multi” para designar os múltiplos centros de poder econômicos.