segunda-feira, 2 de outubro de 2017

O IDH - ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO HUMANO

Até o final da Segunda Guerra Mundial, as desigualdades internacionais não eram consideradas uma questão importante. A partir do final desse conflito é que o tema passou a ocupar o importante lugar nas discussões internacionais. Temos que lembrar que no final dessa grande guerra foi criada a ONU, e essa nova organização logo procurou manter a paz no mundo e também promover o desenvolvimento das Nações mais pobres. Na verdade ela não conseguiu - pelo menos não totalmente - nenhum desses dois objetivos mas no fundo foram eles que originaram.
Corrigir as enormes desigualdades internacionais passou a ser uma das tarefas da ONU, assim como combater a fome e a pobreza extrema de centenas de milhares de pessoas. Mas sempre houve - e ainda há - dúvidas sobre como medir o desenvolvimento de um país. Até o final dos anos de 1980 eram considerados apenas os indicadores econômicos, como o PIB ou PNB, além da renda per capita. Os estudiosos, todavia sempre alertaram que esses indicadores econômicos, apesar de importantes, são insuficientes. O desenvolvimento não deve ser visto apenas como um econômico, mas também como o social e humano - e, atualmente, cada vez mais também como ambiental ou sustentável.
Dai a ONU ter dado maior ênfase a dois fatores que antes eram negligenciados: a saúde e a educação. Eles também passaram a ser avaliados para medir o grau de desenvolvimento de cada país. Com isso, surgiu um novo indicador: o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano).
O IDH foi criado no final da década de 1980 e, além dos indicadores econômicos, incirpora índices de saúde de educação. Passou a ser avaliada em praticamente todos os Estados do mundo a partir de 1990, atualizado e aprimorado a cada ano. O IDH consiste em uma média aritmética de indicadores desses três campos ou setores: economia, saúde e educação. Para definir o IDH de cada país, calcula-se a média dos números encontrados em uma escala que vai de 0 a 1. A posição de cada país no ranking do IDH, costuma não mudar muito, embora com o tempo quase todos melhorem um pouco os seus IDHs.
Um elemento a destacar é que em 2011 a ONU considerou 47 países como desenvolvidos (IDH muito alto), temos 46 países com IDH baixo e rotulados de subdesenvolvidos. Os 94 restantes, classificados como em desenvolvimento, possui um IDH alto ou médio.
É uma classificação problemática, pois entre os países considerados desenvolvidos existem alguns poucos casos de economias frágeis e praticamente sem industrialização (Barbados), ou de países como Catar ou Emirados Árabes Unidos, que dependem apenas de petróleo - um recurso natural que um dia vai ser asgotar. Além disso, nesses países árabes exportadores de petróleo com altíssimas rendas médias, grande parte da população é formada por mão de obra estrangeira, que não possui direitos e benefícios sociais dos cidadãos, tais como salário mínimo, aposentadoria e atendimento médico-hospitalar. Ao classificar esses países como desenvolvidos, Pnud está cometendo o equívoco de ignorar essa parcela de estrangeiros que reside e trabalha nessa as nações (muitas vezes até maior que o total dos cidadãos do país).
Apesar dessa ressalva do grupo dos países com IDH muito alto, a imensa maioria é constituída por países indiscutivelmente desenvolvidos: Estados Unidos, Noruega, Alemanha, Japão, França, Reino Unido. Austrália e Suécia, etc. E no grupo dos 46 países com IDH abaixo existem apenas países extremamente pobres e subdesenvolvidos. Mas o imenso grupo de países com IDH é considerado alto (47 Nações) ou médio (também 47) inclui economiza extremamente díspares. Algumas altamente industrializados como (China e Índia, Brasil ou México) e outras com fraca industrialização (Guatemala, Panamá, Paraguai, Nicarágua ou Paquistão). Não é possível considerar todo esse imenso grupo de 94 países como em desenvolvimento. Podemos apenas entender que o Pnud, como um programa da ONU, é extremamente sensível a pressões diplomáticas E logicamente procurar amenizar suas classificações e sempre avaliar os seus membros da forma mais positiva possível.

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