quinta-feira, 20 de setembro de 2018
O MERCADO DE TRABALHO
A forte concorrência, característica marcante do período mais recente da globalização, leva as empresas a buscar a continua renovação das estratégias de produção e comercialização de seus produtos. Ao perseguir esse objetivo, elas adotam novas tecnologias no processo produtivo, aumentando a demanda por trabalhadores criativos e qualificados, com maior nível de escolaridade e capazes de se adaptar constantemente às mudanças em todos os setores de produção: agricultura, indústria, comércio e prestação de serviço.
No entanto, em muitos setores, os trabalhadores têm dificuldade para se manter nos postos de trabalho e conservar a estabilidade de seus rendimentos. Isso acontece porque a remuneração se dá cada vez mais em função da produtividade, e nem sempre os trabalhadores contam com jornadas de trabalho regulares – situação que estabelece as chamadas relações de trabalho flexível, em que a carga horária é menos importante do que a qualidade e a produtividade do trabalho que ele é capaz de realizar.
Na atual fase da globalização, o desemprego é realidade e existem muitas causas para o seu aumento. A inserção das inovações tecnológicas nos processos produtivos tem contribuído para ampliar o aumento do desemprego. A esse tipo de desemprego dá-se o nome de estrutural ou tecnológico, derivado, em grande parte, da substituição da mão de obra pela mecanização, pela automação e pela informatização do processo produtivo. Embora mais presente nos países desenvolvidos, o desemprego estrutural também atingem os demais países.
As dificuldades impostas pelo desemprego estrutural somam-se, ainda, as do desemprego conjuntural ou cíclico, que diz respeito à dispensa de mão de obra durante um certo período – crises econômicas, catástrofes naturais – secas, enchentes, geadas – período em que as demissões são temporárias e os empregos são retomados quando os problemas forem superados.
No entanto, em muitos setores, os trabalhadores têm dificuldade para se manter nos postos de trabalho e conservar a estabilidade de seus rendimentos. Isso acontece porque a remuneração se dá cada vez mais em função da produtividade, e nem sempre os trabalhadores contam com jornadas de trabalho regulares – situação que estabelece as chamadas relações de trabalho flexível, em que a carga horária é menos importante do que a qualidade e a produtividade do trabalho que ele é capaz de realizar.
Na atual fase da globalização, o desemprego é realidade e existem muitas causas para o seu aumento. A inserção das inovações tecnológicas nos processos produtivos tem contribuído para ampliar o aumento do desemprego. A esse tipo de desemprego dá-se o nome de estrutural ou tecnológico, derivado, em grande parte, da substituição da mão de obra pela mecanização, pela automação e pela informatização do processo produtivo. Embora mais presente nos países desenvolvidos, o desemprego estrutural também atingem os demais países.
As dificuldades impostas pelo desemprego estrutural somam-se, ainda, as do desemprego conjuntural ou cíclico, que diz respeito à dispensa de mão de obra durante um certo período – crises econômicas, catástrofes naturais – secas, enchentes, geadas – período em que as demissões são temporárias e os empregos são retomados quando os problemas forem superados.
AS ORGANIZAÇÕES INTERNACIONAIS - FMI e BIRD
Existem no mundo diversas organizações econômicas internacionais, consolidadas ao longo do século XX, reúnem muitos estados membros e desempenham importante papel na discussão de acordos financeiros e comerciais.
O FMI (Fundo Monetário Internacional) é uma agência especializada da ONU fundada em 1945 cuja atuação em âmbito mundial busca promover e assegurar a cooperação e a estabilidade dos sistemas financeiros e monetários, além de prestar assistência técnica em assuntos econômicos aos países-membros. Esses países pagam ao FMI uma quantia proporcional ao desempenho de suas economias, fato que determina tanto o poder de participação de cada um deles nas decisões da organização como também o valor dos empréstimos que poderão receber.
Nos últimos anos, várias críticas têm sido dirigidas contra o FMI, principalmente da parte de movimentos sociais organizados de vários países, em função de o órgão impor aos governos que solicitam empréstimos medidas severas de contenção de gastos públicos que prejudicam suas populações.
Essas medidas colocadas como condição do FMI para a ajuda financeira são conhecidas como políticas de austeridade e são tomadas para reduzir o déficit público com o aumento de juros, controle no consumo, redução dos investimentos sociais pelo Estado, demissões em massa do funcionalismo público e a implantação de rápidas medidas de privatização.
O Bird surgiu na mesma época do FMI também é uma agência especializada da ONU. Inicialmente chamado de Banco Internacional para a Reconstrução e o Desenvolvimento (Bird), foi o principal agente financeiro dos processos de reconstrução após a Segunda Guerra Mundial. Este tinha como objetivo inicial auxiliar na reconstrução dos países europeus, os quais ficaram destruídos economicamente e socialmente. Com o passar do tempo e com o sucesso na recuperação da Europa, o BIRD passou a assumir funções mais amplas, passou a desempenhar importante papel na organização e no funcionamento da economia mundial.
Atualmente, o Bird foi integrado ao Banco Mundial presta assessoria econômica e concede empréstimos principalmente aos países com menor nível de desenvolvimento, financeiro projetos com o objetivo de reduzir a pobreza no mundo, com o aval do FMI.
O FMI (Fundo Monetário Internacional) é uma agência especializada da ONU fundada em 1945 cuja atuação em âmbito mundial busca promover e assegurar a cooperação e a estabilidade dos sistemas financeiros e monetários, além de prestar assistência técnica em assuntos econômicos aos países-membros. Esses países pagam ao FMI uma quantia proporcional ao desempenho de suas economias, fato que determina tanto o poder de participação de cada um deles nas decisões da organização como também o valor dos empréstimos que poderão receber.
Nos últimos anos, várias críticas têm sido dirigidas contra o FMI, principalmente da parte de movimentos sociais organizados de vários países, em função de o órgão impor aos governos que solicitam empréstimos medidas severas de contenção de gastos públicos que prejudicam suas populações.
Essas medidas colocadas como condição do FMI para a ajuda financeira são conhecidas como políticas de austeridade e são tomadas para reduzir o déficit público com o aumento de juros, controle no consumo, redução dos investimentos sociais pelo Estado, demissões em massa do funcionalismo público e a implantação de rápidas medidas de privatização.
O Bird surgiu na mesma época do FMI também é uma agência especializada da ONU. Inicialmente chamado de Banco Internacional para a Reconstrução e o Desenvolvimento (Bird), foi o principal agente financeiro dos processos de reconstrução após a Segunda Guerra Mundial. Este tinha como objetivo inicial auxiliar na reconstrução dos países europeus, os quais ficaram destruídos economicamente e socialmente. Com o passar do tempo e com o sucesso na recuperação da Europa, o BIRD passou a assumir funções mais amplas, passou a desempenhar importante papel na organização e no funcionamento da economia mundial.
Atualmente, o Bird foi integrado ao Banco Mundial presta assessoria econômica e concede empréstimos principalmente aos países com menor nível de desenvolvimento, financeiro projetos com o objetivo de reduzir a pobreza no mundo, com o aval do FMI.
terça-feira, 11 de setembro de 2018
AS ORGANIZAÇÕES INTERNACIONAIS
As duas grandes guerras do século XX deixaram um saldo de milhões de vítimas, tornando clara a necessidade de meios efetivos, em escala mundial, para assegurar a paz e promover a dignidade humana. essas preocupações levaram à criação da Organização das Nações Unidas (ONU).
A ONU, uma organização internacional, foi resultado de vários encontros de líderes mundiais realizados entre 1942 e 1945, e passou a funcionar em 24 de outubro de 1945, com sede na cidade de San Francisco(Califórnia - EUA). Nessa data, representantes de 51 países aprovaram, na Conferência de San Francisco, uma Carta de Princípios, composta por 111 artigos, que orientou as ações da organização.
Atualmente a sede da ONU está em Nova York, e a organização até o início de 2015, possuía 193 países-membros de soberania reconhecida internacionalmente; não fazem parte dessa organização Taiwan, considerada uma província da China, Kosovo, Saara Ocidental e o Vaticano.
Durante os mais de 40 anos da Guerra Fria, as discussões e decisões sobre assuntos internacionais essenciais no âmbito da ONU permaneceram, em grande parte, influenciadas pelos interesses dos Estados Unidos e da hoje extinta União Soviética.
A partir da década de 1990, com a desmontagem da Velha Orem Mundial baseada na bipolaridade, a ONU defrontou-se com novos desafios. Apenas entre 1990 e 1994, quinze missões de paz foram realizadas pela organização, o mesmo número que nos quarenta anos anteriores. Em 1997, as chamadas Forças de Paz da ONU já haviam realizado mais operações militares em áreas do mundo onde ocorriam conflitos do que no período da Guerra Fria.
Criada com o objetivo principal de promover a manutenção da paz por meio da resolução pacífica de conflitos e da segurança coletiva, a ONU desenvolveu ao longo do tempo vários organismos e programas especializados.
A organização é composta por seis órgãos principais:
- a Assembleia Geral - que toma as decisões ou determina ações;
- o Conselho de Segurança - zela pela manutenção da paz e da segurança. Trata-se de um organismo que possui grande poder, uma vez que aprova embargos a outros países, ações armadas e missões de paz;
- o Conselho Econômico e Social - formula recomendações e inicia atividades relacionadas com o desenvolvimento, comércio internacional, industrialização, recursos naturais, direitos humanos, condição da mulher, população, ciência e tecnologia, prevenção do crime, bem-estar social e muitas outras questões econômicas e sociais;
- o Conselho de Tutela - tinha a função de proteger povos sem governo próprio, sobre a tutela internacional. Foi desativado em 1997, com a independência de Palau;
- a Corte Internacional de Justiça - função de resolver conflitos jurídicos a ele submetidos por Estados e emitir pareceres sobre questões jurídicas apresentadas pela Assembleia Geral ou pelo Conselho de Segurança da ONU;
- Secretariado Geral - administra todo o aparato da ONU e tem que, entre outras responsabilidades, articular e representar as atividades e propostas dos organismos e programas especializados.
A ONU, uma organização internacional, foi resultado de vários encontros de líderes mundiais realizados entre 1942 e 1945, e passou a funcionar em 24 de outubro de 1945, com sede na cidade de San Francisco(Califórnia - EUA). Nessa data, representantes de 51 países aprovaram, na Conferência de San Francisco, uma Carta de Princípios, composta por 111 artigos, que orientou as ações da organização.
Atualmente a sede da ONU está em Nova York, e a organização até o início de 2015, possuía 193 países-membros de soberania reconhecida internacionalmente; não fazem parte dessa organização Taiwan, considerada uma província da China, Kosovo, Saara Ocidental e o Vaticano.
Durante os mais de 40 anos da Guerra Fria, as discussões e decisões sobre assuntos internacionais essenciais no âmbito da ONU permaneceram, em grande parte, influenciadas pelos interesses dos Estados Unidos e da hoje extinta União Soviética.
A partir da década de 1990, com a desmontagem da Velha Orem Mundial baseada na bipolaridade, a ONU defrontou-se com novos desafios. Apenas entre 1990 e 1994, quinze missões de paz foram realizadas pela organização, o mesmo número que nos quarenta anos anteriores. Em 1997, as chamadas Forças de Paz da ONU já haviam realizado mais operações militares em áreas do mundo onde ocorriam conflitos do que no período da Guerra Fria.
Criada com o objetivo principal de promover a manutenção da paz por meio da resolução pacífica de conflitos e da segurança coletiva, a ONU desenvolveu ao longo do tempo vários organismos e programas especializados.
A organização é composta por seis órgãos principais:
- a Assembleia Geral - que toma as decisões ou determina ações;
- o Conselho de Segurança - zela pela manutenção da paz e da segurança. Trata-se de um organismo que possui grande poder, uma vez que aprova embargos a outros países, ações armadas e missões de paz;
- o Conselho Econômico e Social - formula recomendações e inicia atividades relacionadas com o desenvolvimento, comércio internacional, industrialização, recursos naturais, direitos humanos, condição da mulher, população, ciência e tecnologia, prevenção do crime, bem-estar social e muitas outras questões econômicas e sociais;
- o Conselho de Tutela - tinha a função de proteger povos sem governo próprio, sobre a tutela internacional. Foi desativado em 1997, com a independência de Palau;
- a Corte Internacional de Justiça - função de resolver conflitos jurídicos a ele submetidos por Estados e emitir pareceres sobre questões jurídicas apresentadas pela Assembleia Geral ou pelo Conselho de Segurança da ONU;
- Secretariado Geral - administra todo o aparato da ONU e tem que, entre outras responsabilidades, articular e representar as atividades e propostas dos organismos e programas especializados.
A ESTRUTURA ETÁRIA DA POPULAÇÃO BRASILEIRA
A pirâmide etária representa graficamente quantidade de pessoas de uma população, segundo as faixas de idade e o sexo. Considerando a queda das taxas de fecundidade e natalidade e o aumento da expectativa de vida, as pirâmide etárias do país vêm sofrendo alterações.
A estrutura por idade ou etária de uma população costuma ser dividida em três faixas:
Jovem, quando mais de 50% da população tem entre 0 e 19 anos;
Adultos, quando mais de 50% da população tem entre 20 e 59 anos;
Idosos, quando mais de 50% da população tem mais de 60 anos.
As nações que possuem, há várias décadas, baixos índices de natalidade e mortalidade e uma expectativa de vida elevada – caso dos países capitalistas desenvolvidos e também de uma parte dos ex-“socialistas” (Hungria, República Tcheca e outros) – têm a maioria de sua população na faixa etária dos adultos – 55% a 60% do total - ; a porcentagem de idosos é relativamente alta(15%) e a faixa dos jovens normalmente está abaixo dos 30% do total da população.
Os países subdesenvolvidos, em especial aqueles com baixa expectativa de vida, apresentam uma maioria de população jovem – 50% ou mais – e a faixa dos idosos é muito reduzida, menos que 10% do total da população.
Observa-se que, na pirâmide etária de 2010, a base se apresenta menos larga em relação à de 1980; isto se deve `a queda das taxas de fecundidade: em 1980, a população brasileira entre 0 e 19 anos correspondia a 49% da população total, passando para 33% em 2010.
Na pirâmide de idades de 2010, o pico alargou-se em relação à de 1980. Isso ocorreu em virtude de o brasileiro estar vivendo maior número de anos, consequência da melhoria das condições de vida.
De acordo com estudos demográficos, até 2020 o Brasil viverá um período no qual o número de pessoas em idade economicamente ativa superará muito o de crianças e idosos, considerando dependentes. Esse período, denominado bônus demográfico, é considerado favorável à economia de um país, pois significa maior número de trabalhadores e menores gastos com pessoas que não participam da PEA.
A partir de 2020, estima-se um aumento da proporção de idosos na população geral. A expectativa é que a população brasileira com mais de 60 anos vai mais do que triplicar nas próximas quatro décadas: de pouco mais de 20 milhões em 2010, atingirá cerca de 65 milhões de habitantes em 2050, alterando o perfil da pirâmide etária brasileira.
No Brasil, o ritmo do envelhecimento populacional deverá ser mais acelerado do que o ocorrido em outros países no século passado. Na França, por exemplo, foi necessário mais de um século para que sua população com idade igual ou superior a 65 anos aumentasse de 7% para 16% do total, variação demográfica que ocorrerá no Brasil em apenas duas décadas, entre 2011 e 2031.
Com o aumento da população idosa, o Estado brasileiro, que financia e administra sistemas públicos de saúde e de previdência social, deverá se preparar para maiores gastos com saúde e aposentadoria dos idosos.
Em relação à saúde, o aumento dos fastos dependerá da qualidade de vida da população, o que impõe ao Estado e à sociedade em gral a necessidade de buscar ações que garantam um envelhecimento mais saudável para as pessoas.
Outro ponto importante é a disponibilidade de ajuda familiar para esse grupo. Geralmente, com o avanço da idade, as pessoas passam a necessitar de maior apoio e cuidado familiar. Isso é preocupante quando se considera que essa ajuda poderá ser afetada devida à maior participação dos membros da família no mercado de trabalho.
Como consequência, isso poderá demandar maiores investimentos públicos em asilos e casas de repouso. Algumas projeções para o Brasil indicam que o número de pessoas sendo cuidadas por não familiares vai duplicar até 2020 e aproximadamente quintuplicará em 2040, em comparação com 2010.
É possível que essas transformações afetem também as empresas, que poderão expandir os programas de treinamento dirigidos aos idosos com o objetivo de reincorpora-los ao mercado de trabalho.
A estrutura por idade ou etária de uma população costuma ser dividida em três faixas:
Jovem, quando mais de 50% da população tem entre 0 e 19 anos;
Adultos, quando mais de 50% da população tem entre 20 e 59 anos;
Idosos, quando mais de 50% da população tem mais de 60 anos.
As nações que possuem, há várias décadas, baixos índices de natalidade e mortalidade e uma expectativa de vida elevada – caso dos países capitalistas desenvolvidos e também de uma parte dos ex-“socialistas” (Hungria, República Tcheca e outros) – têm a maioria de sua população na faixa etária dos adultos – 55% a 60% do total - ; a porcentagem de idosos é relativamente alta(15%) e a faixa dos jovens normalmente está abaixo dos 30% do total da população.
Os países subdesenvolvidos, em especial aqueles com baixa expectativa de vida, apresentam uma maioria de população jovem – 50% ou mais – e a faixa dos idosos é muito reduzida, menos que 10% do total da população.
Observa-se que, na pirâmide etária de 2010, a base se apresenta menos larga em relação à de 1980; isto se deve `a queda das taxas de fecundidade: em 1980, a população brasileira entre 0 e 19 anos correspondia a 49% da população total, passando para 33% em 2010.
Na pirâmide de idades de 2010, o pico alargou-se em relação à de 1980. Isso ocorreu em virtude de o brasileiro estar vivendo maior número de anos, consequência da melhoria das condições de vida.
De acordo com estudos demográficos, até 2020 o Brasil viverá um período no qual o número de pessoas em idade economicamente ativa superará muito o de crianças e idosos, considerando dependentes. Esse período, denominado bônus demográfico, é considerado favorável à economia de um país, pois significa maior número de trabalhadores e menores gastos com pessoas que não participam da PEA.
A partir de 2020, estima-se um aumento da proporção de idosos na população geral. A expectativa é que a população brasileira com mais de 60 anos vai mais do que triplicar nas próximas quatro décadas: de pouco mais de 20 milhões em 2010, atingirá cerca de 65 milhões de habitantes em 2050, alterando o perfil da pirâmide etária brasileira.
No Brasil, o ritmo do envelhecimento populacional deverá ser mais acelerado do que o ocorrido em outros países no século passado. Na França, por exemplo, foi necessário mais de um século para que sua população com idade igual ou superior a 65 anos aumentasse de 7% para 16% do total, variação demográfica que ocorrerá no Brasil em apenas duas décadas, entre 2011 e 2031.
Com o aumento da população idosa, o Estado brasileiro, que financia e administra sistemas públicos de saúde e de previdência social, deverá se preparar para maiores gastos com saúde e aposentadoria dos idosos.
Em relação à saúde, o aumento dos fastos dependerá da qualidade de vida da população, o que impõe ao Estado e à sociedade em gral a necessidade de buscar ações que garantam um envelhecimento mais saudável para as pessoas.
Outro ponto importante é a disponibilidade de ajuda familiar para esse grupo. Geralmente, com o avanço da idade, as pessoas passam a necessitar de maior apoio e cuidado familiar. Isso é preocupante quando se considera que essa ajuda poderá ser afetada devida à maior participação dos membros da família no mercado de trabalho.
Como consequência, isso poderá demandar maiores investimentos públicos em asilos e casas de repouso. Algumas projeções para o Brasil indicam que o número de pessoas sendo cuidadas por não familiares vai duplicar até 2020 e aproximadamente quintuplicará em 2040, em comparação com 2010.
É possível que essas transformações afetem também as empresas, que poderão expandir os programas de treinamento dirigidos aos idosos com o objetivo de reincorpora-los ao mercado de trabalho.
O COMÉRCIO INTERNACIONAL
O comércio baseia-se na troca voluntária de produtos e essas trocas podem ter lugar entre dois parceiros (comércio bilateral) ou entre mais do que dois parceiros (comércio multilateral). Já comércio internacional é a troca de bens ou serviços entre fronteiras internacionais.
Na atual fase da globalização, tem-se observado um extraordinário crescimento do comércio internacional. De acordo com os dados da OMC (Organização Mundial do Comércio), em 1950, o intercâmbio comercial mundial era de 64 milhões de dólares. Em 2013, atingiu a marca dos 18,8 trilhões de dólares.
Alguns fatores foram decisivos para que isso ocorresse, entre eles: a melhoria dos meios de transportes e de comunicação; a diminuição dos custos e dos fretes; o rápido crescimento da população mundial nos últimos 50 anos; o aumento do rendimento de muitas famílias; e a entrada de novos países no comércio internacional mundial. Essas transformações resultaram na difusão de um estilo de vida centrado no consumo, daí a expressão sociedade do consumo, caracterizada por uma imensa procura por todo tipo de produto e pela liberalização das regras comerciais – com objetivo de facilitar a exportação e a importação (balança comercial) de mercadorias entre os países.
O comércio internacional, no entanto, continua apresentando desigualdades marcantes: enquanto Europa Ocidental, América do Norte e parte da Ásia – os três principais polos da economia mundial – apresentam grandes participações no comércio mundial, muitos países da América Latina e da África, por exemplo, ocupam posições marginais, com reduzidos fluxos de importação e exportações.
Em parte, isso se explica pela maior capacidade de produção e de consumo dos países cuja industrialização é mais desenvolvida e pelo fato de muitos desses países manterem barreiras comerciais que impedem a entrada de produtos mais baratos, principalmente agropecuários, oriundos dos países subdesenvolvidos e emergentes.
Em todo o mundo, parte expressiva da produção, do comércio e do consumo é impulsionado e controlado pelas chamadas transnacionais – empresas com alto nível de organização que atuam dentro e fora do território de seu país de origem, por meio de filiais espalhadas pelo mundo.
Embora existam inúmeras transnacionais originárias de países emergentes – como as brasileiras Petrobrás e Vale, que têm sede no Rio de Janeiro e atuam em mais de 25 países; e a chinesa Sinopec, do setor energético, que ocupou, em 2013, 3º lugar no ranking das maiores transnacionais em volume de negócio – , a maioria e as mais poderosas estão sediadas nos países desenvolvidos. Estados Unidos, Japão, Alemanha, França, Reino Unido e Suíça. Para ter ideia, o valor de negócios de muitas dessas empresas super o PIB de diversos países. É o caso da Áustria (428,3 bilhões de dólares) e de Portugal (227,3 bilhões de dólares).
Por causa de sua importância econômica, algumas transnacionais têm um enorme poder de influenciar a economia global de acordo com seus próprios interesses econômicos e políticos.
Realizam maciços investimentos tanto nos países de origem como nos países do Sul – onde são atraídas por diversas vantagens, como a disponibilidade de matéria-prima e mão de obra baratas, mercados consumidores promissores para a expansão de seus negócios, leis e fiscalização mais brandas ou ausentes, além de grandes oportunidades oferecidas pelos governos locais de redução de impostos, que favorecem a lucratividade dessas empresas.
Com base nesse cenário, as transnacionais são responsáveis por uma nova forma de produção: a fábrica global - forma descentralizada de produção, em que cada etapa pode ser desenvolvida em um país diferente, de acordo com as vantagens que esse país oferece quanto aos custos de produção, a margem de lucro e a possibilidade de aumentar sua competitividade no mercado global.
Na atual fase da globalização, tem-se observado um extraordinário crescimento do comércio internacional. De acordo com os dados da OMC (Organização Mundial do Comércio), em 1950, o intercâmbio comercial mundial era de 64 milhões de dólares. Em 2013, atingiu a marca dos 18,8 trilhões de dólares.
Alguns fatores foram decisivos para que isso ocorresse, entre eles: a melhoria dos meios de transportes e de comunicação; a diminuição dos custos e dos fretes; o rápido crescimento da população mundial nos últimos 50 anos; o aumento do rendimento de muitas famílias; e a entrada de novos países no comércio internacional mundial. Essas transformações resultaram na difusão de um estilo de vida centrado no consumo, daí a expressão sociedade do consumo, caracterizada por uma imensa procura por todo tipo de produto e pela liberalização das regras comerciais – com objetivo de facilitar a exportação e a importação (balança comercial) de mercadorias entre os países.
O comércio internacional, no entanto, continua apresentando desigualdades marcantes: enquanto Europa Ocidental, América do Norte e parte da Ásia – os três principais polos da economia mundial – apresentam grandes participações no comércio mundial, muitos países da América Latina e da África, por exemplo, ocupam posições marginais, com reduzidos fluxos de importação e exportações.
Em parte, isso se explica pela maior capacidade de produção e de consumo dos países cuja industrialização é mais desenvolvida e pelo fato de muitos desses países manterem barreiras comerciais que impedem a entrada de produtos mais baratos, principalmente agropecuários, oriundos dos países subdesenvolvidos e emergentes.
Em todo o mundo, parte expressiva da produção, do comércio e do consumo é impulsionado e controlado pelas chamadas transnacionais – empresas com alto nível de organização que atuam dentro e fora do território de seu país de origem, por meio de filiais espalhadas pelo mundo.
Embora existam inúmeras transnacionais originárias de países emergentes – como as brasileiras Petrobrás e Vale, que têm sede no Rio de Janeiro e atuam em mais de 25 países; e a chinesa Sinopec, do setor energético, que ocupou, em 2013, 3º lugar no ranking das maiores transnacionais em volume de negócio – , a maioria e as mais poderosas estão sediadas nos países desenvolvidos. Estados Unidos, Japão, Alemanha, França, Reino Unido e Suíça. Para ter ideia, o valor de negócios de muitas dessas empresas super o PIB de diversos países. É o caso da Áustria (428,3 bilhões de dólares) e de Portugal (227,3 bilhões de dólares).
Por causa de sua importância econômica, algumas transnacionais têm um enorme poder de influenciar a economia global de acordo com seus próprios interesses econômicos e políticos.
Realizam maciços investimentos tanto nos países de origem como nos países do Sul – onde são atraídas por diversas vantagens, como a disponibilidade de matéria-prima e mão de obra baratas, mercados consumidores promissores para a expansão de seus negócios, leis e fiscalização mais brandas ou ausentes, além de grandes oportunidades oferecidas pelos governos locais de redução de impostos, que favorecem a lucratividade dessas empresas.
Com base nesse cenário, as transnacionais são responsáveis por uma nova forma de produção: a fábrica global - forma descentralizada de produção, em que cada etapa pode ser desenvolvida em um país diferente, de acordo com as vantagens que esse país oferece quanto aos custos de produção, a margem de lucro e a possibilidade de aumentar sua competitividade no mercado global.
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