A forte concorrência, característica marcante do período mais recente da globalização, leva as empresas a buscar a continua renovação das estratégias de produção e comercialização de seus produtos. Ao perseguir esse objetivo, elas adotam novas tecnologias no processo produtivo, aumentando a demanda por trabalhadores criativos e qualificados, com maior nível de escolaridade e capazes de se adaptar constantemente às mudanças em todos os setores de produção: agricultura, indústria, comércio e prestação de serviço.
No entanto, em muitos setores, os trabalhadores têm dificuldade para se manter nos postos de trabalho e conservar a estabilidade de seus rendimentos. Isso acontece porque a remuneração se dá cada vez mais em função da produtividade, e nem sempre os trabalhadores contam com jornadas de trabalho regulares – situação que estabelece as chamadas relações de trabalho flexível, em que a carga horária é menos importante do que a qualidade e a produtividade do trabalho que ele é capaz de realizar.
Na atual fase da globalização, o desemprego é realidade e existem muitas causas para o seu aumento. A inserção das inovações tecnológicas nos processos produtivos tem contribuído para ampliar o aumento do desemprego. A esse tipo de desemprego dá-se o nome de estrutural ou tecnológico, derivado, em grande parte, da substituição da mão de obra pela mecanização, pela automação e pela informatização do processo produtivo. Embora mais presente nos países desenvolvidos, o desemprego estrutural também atingem os demais países.
As dificuldades impostas pelo desemprego estrutural somam-se, ainda, as do desemprego conjuntural ou cíclico, que diz respeito à dispensa de mão de obra durante um certo período – crises econômicas, catástrofes naturais – secas, enchentes, geadas – período em que as demissões são temporárias e os empregos são retomados quando os problemas forem superados.
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