A pirâmide etária representa graficamente quantidade de pessoas de uma população, segundo as faixas de idade e o sexo. Considerando a queda das taxas de fecundidade e natalidade e o aumento da expectativa de vida, as pirâmide etárias do país vêm sofrendo alterações.
A estrutura por idade ou etária de uma população costuma ser dividida em três faixas:
Jovem, quando mais de 50% da população tem entre 0 e 19 anos;
Adultos, quando mais de 50% da população tem entre 20 e 59 anos;
Idosos, quando mais de 50% da população tem mais de 60 anos.
As nações que possuem, há várias décadas, baixos índices de natalidade e mortalidade e uma expectativa de vida elevada – caso dos países capitalistas desenvolvidos e também de uma parte dos ex-“socialistas” (Hungria, República Tcheca e outros) – têm a maioria de sua população na faixa etária dos adultos – 55% a 60% do total - ; a porcentagem de idosos é relativamente alta(15%) e a faixa dos jovens normalmente está abaixo dos 30% do total da população.
Os países subdesenvolvidos, em especial aqueles com baixa expectativa de vida, apresentam uma maioria de população jovem – 50% ou mais – e a faixa dos idosos é muito reduzida, menos que 10% do total da população.
Observa-se que, na pirâmide etária de 2010, a base se apresenta menos larga em relação à de 1980; isto se deve `a queda das taxas de fecundidade: em 1980, a população brasileira entre 0 e 19 anos correspondia a 49% da população total, passando para 33% em 2010.
Na pirâmide de idades de 2010, o pico alargou-se em relação à de 1980. Isso ocorreu em virtude de o brasileiro estar vivendo maior número de anos, consequência da melhoria das condições de vida.
De acordo com estudos demográficos, até 2020 o Brasil viverá um período no qual o número de pessoas em idade economicamente ativa superará muito o de crianças e idosos, considerando dependentes. Esse período, denominado bônus demográfico, é considerado favorável à economia de um país, pois significa maior número de trabalhadores e menores gastos com pessoas que não participam da PEA.
A partir de 2020, estima-se um aumento da proporção de idosos na população geral. A expectativa é que a população brasileira com mais de 60 anos vai mais do que triplicar nas próximas quatro décadas: de pouco mais de 20 milhões em 2010, atingirá cerca de 65 milhões de habitantes em 2050, alterando o perfil da pirâmide etária brasileira.
No Brasil, o ritmo do envelhecimento populacional deverá ser mais acelerado do que o ocorrido em outros países no século passado. Na França, por exemplo, foi necessário mais de um século para que sua população com idade igual ou superior a 65 anos aumentasse de 7% para 16% do total, variação demográfica que ocorrerá no Brasil em apenas duas décadas, entre 2011 e 2031.
Com o aumento da população idosa, o Estado brasileiro, que financia e administra sistemas públicos de saúde e de previdência social, deverá se preparar para maiores gastos com saúde e aposentadoria dos idosos.
Em relação à saúde, o aumento dos fastos dependerá da qualidade de vida da população, o que impõe ao Estado e à sociedade em gral a necessidade de buscar ações que garantam um envelhecimento mais saudável para as pessoas.
Outro ponto importante é a disponibilidade de ajuda familiar para esse grupo. Geralmente, com o avanço da idade, as pessoas passam a necessitar de maior apoio e cuidado familiar. Isso é preocupante quando se considera que essa ajuda poderá ser afetada devida à maior participação dos membros da família no mercado de trabalho.
Como consequência, isso poderá demandar maiores investimentos públicos em asilos e casas de repouso. Algumas projeções para o Brasil indicam que o número de pessoas sendo cuidadas por não familiares vai duplicar até 2020 e aproximadamente quintuplicará em 2040, em comparação com 2010.
É possível que essas transformações afetem também as empresas, que poderão expandir os programas de treinamento dirigidos aos idosos com o objetivo de reincorpora-los ao mercado de trabalho.
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