quinta-feira, 18 de outubro de 2018
A DISTRIBUIÇÃO DA POPULAÇÃO MUNDIAL
A população mundial não está distribuída de modo uniforme no planeta. Os grandes vazios demográficos ocorrem nas zonas climáticas polar fria, desértica e equatorial úmida – cobertas por florestas densas – e em regiões de altas montanhas. Em contraste, cerca de 90% da população mundial vive principalmente nas zonas costeiras com climas amenos, ao longo dos grandes rios do hemisfério Norte, e em planícies e vales férteis de baixa altitude.
Além de fatores físicos, os históricos e econômicos também ajudam a compreender essa distribuição desigual da população mundial. Assim, zonas povoadas desde tempos antigos (como o sudeste asiático e a Europa) apresentam atualmente densidades demográficas elevadas – herança do longo processo de povoamento.
Durante períodos da história da humanidade, como a Idade Média, guerras e epidemias foram os principais fatores da baixa taxa de crescimento demográfico. Desse modo, até o século XVIII, a população mundial cresceu em ritmo moderado.
No século XIX, melhorias das técnicas agrícolas permitiram o aumento da produção de alimentos e a redução da fome em muitos países. Como resultado, o ritmo de crescimento populacional acelerou-se: no início do século XX a Terra abrigava 1,7 bilhão de pessoas.
Após a Segunda Guerra Mundial, novas descobertas na área da saúde (como vacinas e antibióticos) possibilitaram quedas acentuadas nas taxas de mortalidade geral das populações, entretanto, principalmente nos países menos desenvolvidos, o declínio das taxas de mortalidade não foi acompanhado de reduções das taxas de natalidade, o que resultou em um aumento significativo do crescimento populacional mundial, fato que ficou conhecido como explosão demográfica. Na virada para o século XXI, o mundo já contava mais de 6 bilhões de habitantes e, em meados de 2013, atingiu 7,2 bilhões.
De acordo com estudos da ONU, nos últimos anos o ritmo de crescimento da população mundial tem diminuído; porém, estima-se que até 2050 ultrapassaremos a marca de 9,6 bilhões de habitantes.
Os países desenvolvidos e os menos desenvolvidos não tem participação igual no crescimento da população mundial. A taxa de crescimento vegetativo nos países desenvolvidos tem girado em torno de 0,2% ao ano ou até mesmo negativo (-0,2, na Alemanha), enquanto em países menos desenvolvidos ela tem estado, de modo geral, acima de 2% anuais, motivo pelo qual se estima, em 2050, 85% da população mundial será destes países. Esse contraste pode ocorre pelas taxas demográficas, que, nos dois conjuntos de países, são muito diferentes.
Nos países desenvolvidos a taxa de natalidade é na ordem de 11‰ e a taxa de fecundidade é de 1,7 por mulher. Já nos países subdesenvolvidos a taxa de natalidade é na ordem de 28‰ e a taxa de fecundidade de 2,6 por mulher.
Nos países desenvolvidos, as taxas de fecundidade somadas ao aumento da expectativa de vida ao nascer vêm elevando a proporção de idosos e reduzindo a de jovens. Embora essa seja uma tendência mundial, o envelhecimento da população afeta principalmente países europeus, gerando maiores gastos com obrigações devidas pelos governos aos aposentados, além de uma diminuição rápida e progressiva da PEA (População Economicamente Ativa).
Os países subdesenvolvidos contam, geralmente, com maior contingente de jovens, o que representa maiores gastos dos governos com escolarização, além da necessidade de criar mais empregos para atender ao maior número de pessoas em busca de uma ocupação no mercado de trabalho.
Outro índice demográfico que revela as disparidades entre os blocos de países desenvolvidos e subdesenvolvidos é a mortalidade infantil.
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