terça-feira, 15 de abril de 2014
A ORDEM MUNDIAL - BIPOLAR
Ao final da Segunda Guerra Mundial, os países europeus estavam arrasados. Os bombardeios aéreos tinham transformado a Europa num vasto campo de ruínas. A produção que esteve voltada para uma economia de guerra por quase seis anos, estava totalmente desorganizada e os países, endividados. A Alemanha foi dividida em quatro zonas de ocupação. As zonas francesa, a britânica e a norte-americana transformaram-se, em maior de 1949, na República Federal da Alemanha (Alemanha Ocidental) e a zona de ocupação soviética deu origem, um mês depois, à República Democrática Alemã (Alemanha Oriental). Os Estados Unidos forma os grandes beneficiados, pois durante a guerra e por um longo período após o término, constituíram-se no principal fornecedor de mercadorias e capital para os países envolvidos no conflito. A URSS foi a outra grande vencedora. Recuperou os territórios da Estônia, Letônia e Lituânia, parte do território da Polônia e da Romênia, etc e estendeu sua influência a todo o Leste Europeu e à parte oriental da Alemanha. Com o enfraquecimento das potências europeias (Grã-Bretanha, França e Alemanha) o mundo passou a se estruturar a partir de dois pólos opostos, EUA e URSS, que começaram a disputar a hegemonia mundial. A guerra delineou uma Ordem Mundial, conhecida como bipolar, onde os antagonismos entre o mundo capitalista e o socialista tornaram mais intensos, devido ao fortalecimento da URSS. A aliança entre os países capitalistas e a URSS, durante os anos de guerra, foi assegurada apenas pela necessidade da luta contra o inimigo comum, a Alemanha. O pós-guerra deixou claro que entre esses países existiam mais diferenças do que afinidades. Em 1947, os Estados Unidos adotaram uma política externa de contenção à expansão do socialismo, que ficou conhecido como Guerra Fria. A guerra Fria consistia na disputa entre as duas superpotências – EUA e URSS, que procuravam recrutar o maior número de aliados para conquistarem, assim, áreas de influência, ou seja, países onde pudessem fazer prevalecer seus interesses militares, políticos e econômicos. Embora nunca tenham se enfrentado diretamente, os mais importantes conflitos regionais ocorridos entre o fim da Segunda Guerra Mundial e o ano de 1989 foram apoiados por essas suas superpotências. Cada uma apoiava um dos lados do conflito. Durante o século XX, vários países se tornaram socialistas. O primeiro deles, a Rússia, em 1917, fez a sua Revolução Socialista e, posteriormente em 1922, agregou-se a vários países vizinhos, criando a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), com uma área bastante extensa e grandes riquezas naturais, além de uma indústria de base de certo porte. Por outro lado, os países capitalistas continuaram sua marcha para a expansão cada vez maior do capitalismo. Até a 2ª Guerra Mundial, dos países capitalistas ricos, aquele que menos sofreu os impactos da guerra foi os Estados Unidos – ao contrário, eles fortaleceram sua posição, criando linhas de crédito tanto para a Europa quanto para o Japão. Ao final da guerra, dois países tinham enorme poder econômico: Estados Unidos e União Soviética. Mais ainda: cada um deles representava uma ideologia e eram antagônicos entre si e, ambos lutavam pela mundialização de seu modo de produção. Esse é o contexto conhecido como Guerra Fria – a luta político-ideológica-econômica entre capitalistas, liderados pelos Estados Unidos e socialistas, liderados pela União Soviética. Essa bipolaridade, que durou até o final da década de 80, significou que as relações econômicas entre os países do mundo estavam vinculadas a dois pólos: o capitalismo e o socialismo. Durante esse período ocorreu a divisão entre a Europa Ocidental e a Europa Oriental, a corrida armamentista nuclear, a corrida espacial, a formação da aliança militar do Ocidente (OTAN), a formação da aliança militar do Leste (Pacto de Varsóvia). Etc. De certa forma, todos os países, durante esse período eram envolvidos na “onda” da Guerra Fria. Essa luta ideológica (capitalismo X socialismo) durou até início dos anos 90. Particularmente, desde 1986, na União Soviética, uma mudança na política econômica socialista (a Perestroika) passou a orientar e a sugestionar outros países para que mudassem. Prof. Walter Geografia
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