quinta-feira, 17 de abril de 2014

CLIMA E VEGETAÇÃO DA ÁFRICA

Em virtude de sua posição geográfica, cortada pelos dois trópicos, a África é dominada por climas quentes. Em geral, as temperaturas do mês mais frio não descem a menos de 10ºC e, por toda parte, o mês mais quente apresenta sempre mais de 20ºC. Nos desertos, a temperatura chega a mais de 59ºC. O continente africano apresenta grande variedade na distribuição das chuvas. Em algumas regiões as chuvas são abundantes; em outras; são extremamente escassas. Há uma África úmida, bem diferenciada. Na região equatorial e na costa do Golfo da Guiné, existe a zona de calmarias, que produz chuvas de convecção: chove em abundância quase diariamente. Em regiões mais afastadas dessa zona, as precipitações diminuem, e aparece um período sensivelmente menos chuvoso em certas épocas do ano, correspondente aos meses menos quentes: é o regime de climas tropicais úmidos propriamente dito. Em contraposição à África úmida, há uma África seca. Nas latitudes tropicais, formam-se centros de alta pressão (anticiclones), dispersores dos ventos alísios, que se deslocam em direção ao Equador. Nessas áreas de alta pressão, formam-se os desertos do Saara, ao norte, e de Kalahari, a sudoeste. Como conseqüência, a estação seca prolonga-se por quase todo o ano, e as chuvas, bem raras, são muito irregulares. Já nas suas extremidades norte e sul, o continente torna-se mais úmido. Aí os ventos do oeste provocam chuvas que se concentram nos meses de inverno, caracterizando climas mediterrâneos. A diferenciação do clima se faz, de uma maneira geral, acompanhando o sentido dos paralelos. De norte a sul, encontramos: Clima equatorial – com chuvas abundantes durante o ano todo, sem estação fria. Corresponde às áreas próximas ao Equador, Congo e Quênia. Clima tropical – com chuvas durante o verão e secas no inverno. Médias térmicas anuais elevadas, aparecendo entre as áreas desérticas e as de clima equatorial. Clima desértico quente – índice pluviométrico abaixo de 250 mm/ano. Ex.: Deserto do Saara e Kalahari. Clima subtropical – é encontrado no extremo norte e sul da África, em latitudes médias e nas altitudes elevadas. No extremo norte, o clima subtropical pode ser chamado de mediterrâneo, em razão de acentuadas influências do Mar Mediterrâneo. As formações vegetais na África estendem-se de um e de outro lado do Equador, de acordo com a distribuição das chuvas: a zona equatorial, quente, muito úmida, com uma floresta densa e alta; a zona tropical, úmida, mas com estação seca bem marcada e vegetação de savana; as estepes e os desertos. Floresta da África úmida – uma floresta densa cobre toda a Bacia do Congo e as regiões costeiras do Golfo da Guiné. Compreende centenas de espécies; muitas delas de madeira de lei. Também a fachada costeira da África Oriental é ocupada por densa floresta, cuja riqueza vegetal é comparável à da Amazônia. O húmus (produto da decomposição parcial de restos vegetais que se acumulam no chão florestal) constitui fonte de matéria orgânica para a nutrição vegetal da floresta. Entretanto os solos em geral são muito pobres e esgotam-se facilmente quando cultivados. As savanas – estendem-se de um lado e de outro da floresta equatorial, na faixa dos trópicos, mas também predominam nos planaltos e na região dos grandes lagos africanos. Os solos são pobres e, em grandes extensões, prejudicados por lateritas. Nas savanas, vivem grandes mamíferos como girafa, zebra, elefante, além de outros de menor porte. As estepes e os desertos – são gramíneas típicas das áreas de transição de climas secos para úmidos, como as áreas entre os desertos e as savanas, numa faixa que se estende do Atlântico ao Mar Vermelho. Os desertos abrangem as áreas onde as chuvas são inferiores a 250mm anuais. Onde existe alguma umidade, uma vegetação rasteira e de folhas grossas cresce em tufos e recobre os leitos secos de rios temporários. No deserto do Kalahari, entre blocos de rochas desenvolve-se uma vegetação xerófita. Nessa formação, encontramos ao sul do Deserto do Saara uma faixa conhecida como Sahel. Vegetação mediterrânea – compõe-se de carvalhos e árvores típicas de florestas coníferas, em regiões montanhosas, e mangues, ao longo do litoral, a noroeste da África, em região conhecida como Magreb, no litoral do Mediterrâneo.

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