quinta-feira, 17 de abril de 2014

O QUADRO DEMOGRÁFICO DA AMÉRICA

A população do continente americano corresponde a cerca de 14% do total da população mundial. Em 2003, a América era o segundo continente mais populoso do mundo, com cerca de 869 milhões de habitantes. Desse total, 543 milhões vivam na América Latina, enquanto 325 milhões habitavam a América Anglo-Saxônica. As taxas de crescimento populacional estão diretamente relacionadas ao nível de desenvolvimento econômico e social de cada país. Isso explica, em parte, as diferenças entre os índices de crescimento dos países latino-americanos, que são elevados, e os índices dos Estados Unidos e do Canadá, onde a população cresce mais lentamente. Até 1950, o crescimento populacional da América Latina era próximo ao da América Anglo-Saxônica. A partir dessa década porém, várias conquistas médicas e sanitárias, antes de domínio apenas dos países desenvolvidos, foram estendidas a uma parte do mundo subdesenvolvido, incluindo a América Latina, o que fez diminuir os índices de mortalidade nessas regiões. Como não ocorreu nenhuma alteração significativa no número de nascimento (1950 – 1970), houve uma profunda aceleração no crescimento populacional nos países mais pobres da América. Atualmente, no entanto, os índices de crescimento populacional na América Latina não são homogêneo. Os países que possuem um melhor padrão cultural, como a Argentina, Uruguai e Cuba, apresentam taxas de crescimento bem próximas às dos países desenvolvidos, enquanto outros, como o Paraguai, Bolívia e a maior parte de América Central, apresentam taxas que estão entre as mais elevadas do mundo. O Brasil, assim como o México, tem apresentado nas últimas décadas uma queda constante nos índices de crescimento de sua população, mas eles ainda permanecem relativamente elevados quando comparados aos dos países desenvolvidos. A América apresenta grandes vazios demográficos e áreas de intensa concentração populacional que podem ser explicados pelas condições naturais e por razões históricas e econômicas. Os grandes vazios demográficos, ou seja, as áreas menos povoadas, correspondem: à região das floresta Amazônica; aos desertos de Atacama (Chile e Peru), da Patagônia (Argentina) e do Colorado (EUA); as regiões de clima frio e polar do norte canadense. Devido à facilidade de acesso e comunicação com as metrópoles européias, a população americana concentrou-se próximo ao Atlântico, desde o período colonial. Porém, na região dos altiplanos andinos, assim como nos planaltos encravados entre as montanhas mexicanas e em outros países da América Central continental, os povos que habitavam a América formaram áreas de forte concentração populacional. Atraídos pela abundância de ouro e prata explorados pelos primitivos habitantes do continente, os espanhóis dirigiram-se para essas regiões, formando junto aos antigos aglomerados populacionais as primeiras fortificações e cidades espanholas. No entanto, foi a economia colonial, totalmente dirigida para o continente europeu, que determinou o principal padrão de distribuição da população pelo continente. Nos Estados Unidos, a áreas de colonização mais antiga se desenvolveu junto ao Atlântico , estendendo-se, na etapa inicial de industrialização do país (início deo séc. XIX), à região dos Grandes Lagos, que constitui uma grande reserva de matérias-primas básicas à atividade industrial. No inicio do século XIX, os Estados Unidos expandiram seu território até a costa do Pacífico (marcha para o oeste). A descoberta do ouro nessa região, principalmente no estado da Califórnia, criou um pólo de atração populacional. No Canadá a população está fortemente concentrada no vale do rio São Lourenço (porta de entrada dos primeiros colonizadores) e junto à região do lago Ontário, na fronteira com os Estados Unidos. Distribuição da população por continente 2003 Ásia 3.823,4 milhões Europa 726,3 milhões América 868,9 milhões África 850,6 milhões Oceania 32,2 milhões Total 6.301,4 milhões

Nenhum comentário:

Postar um comentário