segunda-feira, 26 de maio de 2014

O TRABALHO NA ATUALIDADE

Sempre ouvimos falar que o trabalho dignifica a pessoa, que trabalhando com dedicação é possível alcançar o sucesso profissional e a estabilidade financeira.
Nos dias de hoje, trabalha-se muito mais horas do que em décadas passadas, e o rendimento vem diminuindo ano a ano. A falta de políticas públicas, voltadas para a correção salarial, promoveu uma grande perda de poder aquisitivo dos trabalhadores que, em razão do medo de perder o emprego, também deixaram de reclamar salários justos e melhores condições de trabalho. Além disso, eles ainda têm de enfrentar o desemprego e a falta de políticas públicas para a recolocação no mercado.
Os motivos de tão dura realidade encontram-se na forma de distribuição do capital na economia e também no avanço tecnológico, destinado a aumentar e agilizar a produção de bens e serviços. É possível classificar o desemprego no mundo em duas modalidades diferentes.
A primeira modalidade é o desemprego conjuntural, que acontece em consequência de mudanças repentinas, sem que trabalhadores, patrões ou governos possam impedir tal situação: secas prolongadas, enchentes, recessão econômica, etc. esse tipo de desemprego não é considerado o mais prejudicial ao trabalhador, pois sua tendência é a retomada dos postos de trabalho quando desaparece o motivo que lhe deu causa. A segunda modalidade é o desemprego estrutural, que acontece em virtude das transformações permanentes no mundo do trabalho, mudanças que vieram para ficar. Entre as causas desse tipo de desemprego estão os avanços tecnológicos para aumentar a produtividade nas indústrias e agilizar a prestação de serviços; a mecanização da produção no campo, utilizando máquinas para tarefas que anteriormente eram realizadas por trabalhadores; a informatização de escritórios, bancos, comércio, com o uso de computadores capazes de aumentar a produtividade e baixar o custo final dos serviços; a robotização das indústrias, com a substituição da mão de obra humana por robôs em suas linhas de montagem de produtos, etc. a única forma de diminuir o desemprego estrutural é por meio da qualificação dos jovens e da requalificação dos adultos para as novas formas de trabalho que estão surgindo.
As duas modalidades de desemprego não atingem apenas o Brasil. Todos os países do mundo, pobres e ricos, enfrentam problemas de ordem conjuntural. Os fatores estruturais do desemprego estão cada vez mais presentes no dia a dia da humanidade, consequência do avanço tecnológico dos países desenvolvidos. Apesar de estarem aprofundando a crise do desemprego, continuam a empenhar recursos em tecnologias que reduzirão cada vez mais os postos de trabalho em todo o mundo.
Outro reflexo da crise mundial do desemprego é o crescimento do mercado de trabalho informal e do desemprego. Pessoas que não conseguem emprego com salário suficiente para a sobrevivência e com registro em carteira de trabalho buscam condições de sobrevivência ou melhores rendimentos em atividades econômicas totalmente desprotegidas pelas leis, como vendedores ambulantes, diaristas, prestadores de serviços esporádicos em várias atividades econômicas, etc. ou ainda sujeitam-se ao subemprego, trabalho em atividades sem segurança, prejudiciais a saúde , sem registro em carteira e nenhum direito previsto nas leis trabalhistas .
Estamos na era da luta entre o trabalho vivo (executados por seres humanos) e o trabalho morto (realizado por máquinas). A única forma de vencer essa batalha é por meio da implantação de políticas que oferecem oportunidade de qualificação e requalificação profissional para a população carente, que estimulem as empresas a aumentar a oferta de trabalho por meio da redução de impostos ligados ao setor de mão de obra, que concedam crédito com juros baixos para que os trabalhadores com maior qualificação possam investir em empresas próprias e troquem as situações de desemprego, subemprego e informalidade pela oportunidade de tornar pequenos empresários e gerar empregos para outras pessoas, etc.
Entidades ligadas aos trabalhadores, organizações internacionais voltadas para os problemas do trabalho e uma classe trabalhadora unida, consciente das novas conquistas que pretende obter, são de importância fundamental para convencer empresários e governantes a optarem por oferecer emprego com condições dignas e salários justos a todos.

terça-feira, 20 de maio de 2014

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO - AS SOCIEDADES DE CONSUMO

1. VOCÊ ACREDITA SER POSSÍVEL A POPULAÇÃO DE TODOS OS PAÍSES DO GLOBO APRESENTAREM O MESMO NÍVEL DE CONSUMO DE UM JAPONÊS OU DE UM NORTE AMERICANO? JUSTIFIQUE.
RESP.: Não, é impossível que todos os habitantes do planeta tenha o mesmo nível de consumo de um norte-americano ou de um japonês, tendo em vista, que os recursos minerais se esgotariam rapidamente, o mundo se transformaria num caos devido a alta poluição acarretada pelo sistema produtivo.


2. POR QUE AS SOCIEDADES DOS PAÍSES DESENVOLVIDOS SÃO CHAMADAS DE SOCIEDADES DE CONSUMO?
RESP.: Elas são chamadas de sociedades de consumo proque usufruem intensamente de todos os bens e serviços modernos existentes no mundo. Muitas vezes bens e serviços superfluos e nocivos a saúde.


3. NA SUA OPINIÃO QUAL O GRANDE INCENTIVADOR DO CONSUMO ALIENADO NO MUNDO MODERNO
RESP.: O grande incentivador do consumo alienado é a propaganda, que incentiva os consumidares a trocarem seus bens ainda em bom estado de uso por outros mais novos e sofisticados, levando a um grande desperdício.


4. O ALTO CONSUMO POR PARTE DA POPULAÇÃO DOS PAÍSES DESENVOLVIDOS, LEVA AO ELEVADO DESPERDÍCIO. jUSTIFIQUE ESSA FRASE.
RESP.: O elevado desperdício é acarretado pelo consumo desnecessário por parte da população, principalmente dos países desenvolvidos. Para a produção das mercadorias utiliza-se uma grande quantidade de recursos minerais e eles existem em quantidade limitada no planeta, logo eles se esgotarão rapidamente.

quarta-feira, 14 de maio de 2014

AS SOCIEDADES DE CONSUMO

As sociedades dos países capitalistas desenvolvidos são comumente chamados de sociedades de consumo. Tal expressão é usada porque os habitantes desses países usufruem intensamente de todos os bens e serviços existentes no mundo moderno. Muito mais que os outros países, sejam os ex-socialistas ou subdesenvolvidos.
Com frequência, o intenso consumo leva a grandes desperdícios. Ao observar, por exemplo, a vitrina de uma grande loja nos Estados Unidos ou na Europa Ocidental, vê-se que metade dos produtos expostos pode ser considerada absolutamente inútil; 25% normalmente são produtos nocivos à saúde e apenas cerca de 25% são realmente úteis. Verifica-se, portanto, grande ocorrência de consumo supérfluo.
Outros exemplos podem ser lembrados. Nos Estados Unidos ou no Japão, uma família de classe média possui normalmente dois ou três automóveis, igual quantidade de televisores e inúmeros aparelhos eletrodomésticos , alguns perfeitamente dispensáveis. Que necessidade pode haver, por exemplo, de uma faca de pão elétrica ou de um espremedor elétrico para limão? Ou uma escova de dentes elétrica? E que dizer da infinidade de brinquedos eletrônicos ou elétricos que, no máximo, despertam a Atenção das crianças por algumas horas e depois são abandonados?
A cada ano, sob pressão da propaganda compra-se coisas novas e abandonam-se objetos ainda em boas condições de uso. Muitos trabalhadores que foram da América Latina para o Japão, por exemplo, com frequência recolhem do lixo objetos sofisticados que são jogados fora depois de poucos anos de uso, ainda em boas condições: televisores, gravadores, vídeos máquinas fotográficas, etc.
O desperdício causado por esse processo é enorme: tais objetos necessitam, para sua confecção, de ferro, petróleo, manganês, carvão, alumínio, etc., e esses minérios existem na Terra em quantidade limitada. Se cada habitante da América Latina, da África e dos países asiáticos subdesenvolvidos – China, Índia, Paquistão, Bangladesh, Indonésia, etc.) tivesse no futuro um nível de consumo igual ao de um norte-americano – já que atualmente a população desses países consomem cerca de vinte vezes menos – provavelmente o mundo inteiro entraria em colapso, devido à enorme poluição e à falta de minérios e de outros recursos naturais.
Somente os sete países mais industrializados do Primeiro Mundo – Estados Unidos, Japão, Alemanha, França, Itália, Grã-Bretanha e Canadá -, que juntos possuem pouco mais de 10% da população do globo, consomem em conjunto mais de 80% dos recursos minerais do planeta. O consumismo e o desperdiço são notórios nessas sociedades.
É comum, como já observamos no caso do Japão, verem no lixo objetos ainda em condições de uso, como televisores, liquidificadores, rádios, gravadores e às vezes até microcomputadores. A publicidade e a renovação constante dos modelos levam as pessoas a trocá-las por outros mais novos.

segunda-feira, 12 de maio de 2014

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO - PAÍSES DESENVOLVIDOS

1. SEGUNDO ALGUNS AUTORES DOIS FATORES EXPLICAM O ALTO PADRÃO DE VIDA E O ELEVADO CONSUMO DA POPULAÇÃO DOS PAÍSES DESENVOLVIDOS. CITE E EXPLIQUE ESSES DOIS FATORES.
RESP.: O primeiro fator é a exploração dos países subdesenvolvidos pelos desenvolvidos, onde o privilégio da população dos países ricos teria se beneficiado com a transfernecia de riquezas vindas do Terceiro Mundo. O segundo fator é que os próprios trabalhadores desses países teriam conquistado tal padrão de vida através de lutas e consquistas, organizando-se política e economicamente. Acreditamos que os dois fatores contribuiram para a atual situação de desenvolvimento dos países ricos.


2. DÊ AS CARACTERÍSTICAS DOS PAÍSES RICOS E DESENVOLVIDOS.
RESP.: Os países ricos e desenvolvidos apresentam elevada qualidade e padrão de vida, apresentam alto nível de industrialização, investem na pesquisa e da tecnologia, comandam a economia gloval e apresentam elevados índices nos fatores sociais.

3. QUAIS OS ELEMENTOS UTILIZADOS PARA MENSURAR O DESENVOLVIMENTO DE UM PAÍS?
RESP.: Para medir o desenvolvimento de um país é levado em considrração vários indicadores, entre eles, destacamos a expectativa de vida, a escolaridade, o PIB e a renda per capita, etc.

4. CITE OS PAÍSES QUE PERTENCEM AO BLOCO DOS PAÍSES CLASSIFICADOS COMO RICOS E DESENVOLVIDOS.
RESP.: Pocos países são classificados nesse bloco seleto, podemos destacar os Estados Unidos, Canadá, Japão, Alemanha, Reino Unido, Itália e França.

5. EM SUA OPINIÃO, TODO PAÍS RICO É AUTOMATICAMENTE UM PAÍS DESENVOLVIDO? JUSTIFIQUE.
RESP.: Não, riqueza não é sinônimo de desenvolvimento, pois o que determina o desenvolvimento ou o subdesenvolvimento é a intensidade dos problemas sociais. Um país para ser considerado desenvolvido além da riqueza tem que apresentar bons indicadores sociais (boa qualidade na educação, saúde, saneamento básico, transporte, segurança, qualidade de vida elevada).


terça-feira, 6 de maio de 2014

A GRAFITAGEM PARA A EDUCAÇÃO

A intenção aqui é evidenciar a identidade dos grafiteiros e as contribuições que essa arte de rua possa dispensar a educação em artes visuais, possibilitando através de projetos a interdisciplinaridade, onde todos possam, através de ações coletivas, despertar nos educandos o gosto pela arte, provocando suas habilidades e competências para produzir arte e respeitando a forma como cada um a desenvolve . O objetivo aqui não é destacar os aspectos técnicos de produção do grafite, mas algumas questões atuais sobre os sentidos do ensino de arte levantados por ele.
Deste modo, a abordagem é feita a partir do que denominamos “arte de rua” e a “arte de museu, desse modo, Dewey (1980), critica a separação que a visão capitalista de experiência estética impõe entre a arte e a vida prática, distanciando as pessoas ‘comuns’ do círculo elitista de apreciadores, únicos capazes de compreender e fruir a profundidade da experiência contemplativa. As obras de arte expostas nos museus é sinônimo de status, pois são contempladas pela elite da sociedade, que representa sinônimo de bom gosto e parte de um grupo seleto. Dessa forma, a “arte de rua” não é aceita pois não representa os conceitos e ou valores burgueses - qualidade artística, refinamento intelectual, sensibilidade desenvolvida e boas maneiras.
O Grafite é uma forma de manifestação artística que se dá em espaços públicos através de inscrições feitas em paredes e muros. Acredita-se que o hábito de deixar escritos nos ambientes tenha surgido no Império Romano com os grandes exércitos e a política imperialista.
Em território nacional o Grafite foi introduzido no estado de São Paulo e se espalhou por todo o território, onde cada região se apropriou de formas diversas. Além de ganhar força o movimento ganhou características próprias do povo brasileiro e hoje é reconhecido como um dos melhores grafites do mundo.
Toda manifestação artística representa a situação histórica na qual está inserida e realizada pelo sujeito histórico dentro de um contexto histórico-social e econômico. No entanto , o grafite utilizando-se da cidade como suporte , a de retratar a situação , nesse meio presenciada ou vivida , assim relaciona automaticamente com a pichação também, cujo seu veiculo de existência também é
o espaço urbano. Assim como o grafite a pichação interfere no espaço , subverte valores, é espontânea , gratuita , em fim . Mas há diferenças, entre o grafite e a pichação , é que o primeiro advém das artes plásticas e o segundo da escrita, ou seja, o grafite privilegia a imagem, a pichação , a palavra ou a letra , sempre retratando o que a de convir ao contexto.
O grafite ao utilizar o meio urbano como forma de expressão, contrário aos demais movimentos artísticos , que se inserem na sociedade através de um trabalho muitas vezes planejado e exposto em galerias e museus , faz com que seja bastante questionado. Um dos aspectos conceituais mais interessantes encontrados nessa linguagem, é sem duvida, a questão da proibição, sempre presente , talvez um preconceito ou mesmo uma falta de informação a respeito do que acontece e a arte final prescrita no muro , faz com que muitos da população ajam a favor dessa proibição, ao visualizar esse tipo de ação. Ao observamos essa opressão, ou melhor, dizendo essa proibição, percebemos que ela está ligada ao conceito de propriedade privada, ou seja, o que pensara o proprietário do espaço ao ver sua propriedade grafitada, sem sequer ser comunicado. Engloba uma questão bastante ideológica ao referirmos a esse aspecto, porém a de convir que o grafite por sua natureza intrínseca, sempre será marginal. Mas se focalizarmos o aspecto de pratica com as técnicas, de proposta de trabalho e de amadurecimento das obras, reconheceremos, num primeiro momento, uma fase de domínio marginal. Fase em que os artistas pelas ruas da cidade pesquisavam e realizavam o grafite basicamente preto e branco. Porém esse estilo, se é que podemos taxar dessa maneira, ainda tem suas raízes atuais, o fato de fazer grafite com pouca elaboração e de maneira ilegal ainda aflora-se na mente dos artistas, assim podemos confirmar observado-se a cidade como um todo, e que em sua maioria é tomada por esse estilo, descrito como bom Bing, ou mesmo trono, numa representação espontânea.
No entanto não podemos, dizer que a população vem encarando o grafite a cada dia que se passa como um meio artístico da cidade, podem até afirmar isso, porém discordam da ação, assim vejo que a proibição está , mais do que nunca , em pauta.
A trupe de grafite americano, começou a despontar em 1980, junto com o movimento hip hop, fazendo parte dos tão falados 4 elementos¹, que no caso se ligam diretamente ao rap. ____________________
¹ os DJs, nos toca discos, os MC's , no microfone, mandando sua mensagem, os B.Boys , entrando no compasso do rap com danças criativas, e os graffers , colorindo o meio em que passam.
Grafite polemico em Boston - A dupla brasileira Otavio e Gustavo Pandolfo, conhecidos como Os Gêmeos, tem pela primeira vez uma exibição de arte nos Estados Unidos. A exposição abriu no Institute of Contemporary Art em Boston.

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² No mundo do grafite, não existem irmãos mais conhecidos que, é uma dupla de irmãos gêmeos idênticos grafiteiros de São Paulo, nascidos em 1974, cujos nomes reais são Otávio e Gustavo Pandolfo.


No Brasil esse estilo não só invadiu o metrô, varias experiências foram realizadas em termos de técnica, pois no inicio só se via um tipo de traço de spray. O tamanho padrão das latas, com jatos relativamente grossos, fez com que se buscassem novas possibilidades de variação de bicos. Assim percebeu-se que desodorantes e inseticidas possuíam bicos que produziam traços mais finos. A partir daí, descobriu-se que extraindo um pouco de ar da lata de tinta spray seu jato torna-se menos denso, e o traço mais fino, e assim fora se aprimorando. Por ultimo, tivemos a utilização do compressor, substituindo a lata de spray, porem muitos dos grafiteiros discordam da utilização dele, pois alem de substituir as latas está substituindo o próprio grafiteiro, deixando o de comparsa a uma máquina.
O estilo americano começou realmente a ser realizado em grande escala em 1989, com os gêmeos², Speto, Binho, Tinho e ,ainda, o excelente grupo Aerosol, que se destacaram entre outros.
Grafitagem de Blu e Os Gêmeos Grafitagem de na faixada de um prédio e Portugal para o Crono Festival em Lisboa.
Hoje em dia, além das letras coloridas, característica do grafite americano, estão aparecendo desenhos elaborados, partindo de apurada técnica.
Esses desenhos traduzem o universo hip hop em suas mais variadas nuances, com figuras humanas dançando, pensando, cantando, etc. bastante
americanizado, porém, os mesmo estão caminhando para uma evolução, podemos verificar que o estilo americano, está aqui no Brasil passando por adequações para a realidade local, e assim expondo nossa cultura a população.
Os projetos de grafitagem para a educação tem por objetivo debater sobre as manifestações artísticas em espaços não-convencionais e experimentar o caráter transgressor da arte, conhecendo e debatendo sobre as relações nas escolas entre arte e a política.
Se faz necessária uma discussão sobre as diferenças entre o grafite, a pichação e a "pixação", tendo em vista que há uma diferença entre estas duas últimas manifestações, que não se restringe ao modo de grafar as palavras. A pixação aparece de modo mais incisivo a demarcação de território, ocupação, e este pode ser um dos motivos de serem feitos em locais que nos leva a questionar o pro quê são pixados. As três formas de manifestação apresentam suas transgressões, se considerarmos a articulação entre arte e política. Porém para quem as vê, significam ações depredatórias e poluidoras visuais.
As pichações, que surgem historicamente como espaço de expressão de ideias políticas, lança mão da linguagem verbal, são frases ou palavras de ordem. Podem também ser frases poéticas ou declarações de amor e amizade. O pixo expressa o espaço em disputa, e as palavras ou frases utilizadas são grafismos indecifráveis para as pessoas que não fazem parte do grupo (como o Grupo Pixação, de São Paulo. O grafite tem caráter transgressor pela vontade de levar a arte para fora dos muros da instituição (como Alex Valauri, o pai do grafite no Brasil). A maioria dos grafites exploram a linguagem visual, mas podem também trazer com frases ou palavras trabalhadas plasticamente com formas e cores. Portanto, a proposta é que o garfitagem nas escolas ganhem um caráter político e possibilite a apropriação dos espaços como forma de expressar seus pensamentos de forma organizada e abundante em informações. Os elementos arquitetônicos da escola pode ser um importante espaço para que o grafite acorra, observando se o grafite se ajusta naquela arquitetura, investigando a potencialidade de cada espaço – interno ou externo, pois é a partir disso, que as ideias para a grafitagem vão surgir.


Grafite de Nuxuno Xan, grafiteiro da Martinica,
ajuste de grafite a arquitetura disponível.


As propostas e ideias surgidas podem ser trabalhadas coletivamente, favorecendo aprendizagens relacionadas à partilha de ideias, conhecimentos e responsabilidade de cada um. Possibilitando um estreitamento de relacionamento entre a comunidade interna e a externa, abrindo, dessa forma, uma relação de parceria e estreitamento de pertencimento por parte da comunidade com a escola.
A partir daí é possível fazer uma reflexão das transformações e ganhos entre comunidade interna e externa e quais fatores podem ser melhorados. Acredito que dessa forma todos os envolvidos ganham, tanto no respeitos aos espaços, como em mudanças de comportamento entre as comunidades.


Prof. Walter Zenio

PAÍSES RICOS OU PAÍSES DESENVOLVIDOS


Pertencem ao grupo de países denominados ricos ou desenvolvidos, os Estados Unidos, o Canadá, o Japão, a Austrália, a Nova Zelândia e as nações da Europa Ocidental (Alemanha, Inglaterra, Itália, França, Noruega, Suécia, Suíça, Espanha, Portugal, etc.).
Apesar de ter somente 12,5% da população do globo, os Estados do Primeiro Mundo concentram cerca de 70% da economia de todo o mundo.
Os países que conseguiram realizar seu processo de industrialização até o século XIX, são hoje considerados países desenvolvidos. Esses países ricos ou desenvolvidos são economias capitalistas muito industrializadas, algumas até consideradas superindustrializadas. – alguns autores preferem falar em sociedades pós-industriais – e com tecnologia mais avançada do mundo, principalmente os Estados Unidos, o Japão e a Alemanha.
Os países ricos geralmente apresentam altos índices de industrialização, detêm o domínio da pesquisa e da tecnologia, um dos pilares da economia mundial e da geração de riqueza, e comandam a economia global. São sedes das grandes companhias multinacionais (aquelas que operam no mundo todo), dominam o fluxo das finanças e do comércio, e são grandes exportadores de tecnologia, de serviços e de produtos sofisticados. O forte mercado interno consome grande parte do que é produzido nesses países.
O desenvolvimento de um país é medido por vários índices, entre eles, a expectativa de vida, a escolaridade, o PIB per capita e a renda per capita. Além desses, há o IDH, que considera vários desses indicadores para classificar o desenvolvimento humano.
Nos países ricos, a maioria da população tem uma ótima qualidade de vida, acesso a assistência médica e a educação de alto nível, entre outros benefícios. No entanto, também nesses países existem muitas pessoas que vivem em condições de pobreza. Nos Estados Unidos, por exemplo, os pobres correspondem a 15% da população, mais de 47 milhões de pessoas.
O elevado padrão de vida e de consumo que os países ricos usufruem pode ser atribuído a dois fatores – a) Na exploração que esses países sempre exerceram sobre os países subdesenvolvidos: os trabalhadores dos países ricos teriam se beneficiado, ao longo de décadas ou séculos de exploração, com a transferência de riquezas proveniente do Terceiro Mundo. b) Os próprios países desenvolvidos teriam alcançado tal status: a tradição de lutas e conquistas de direitos democráticos por parte de suas populações, organizando-se política e socialmente.
Os dois fatores possuem elementos verdadeiros, especialmente o segundo fator.
De fato, uma boa parte das riquezas produzidas nos países subdesenvolvidos vai para o exterior – os melhores produtos agrícolas, grande parte dos minérios e até uma parcela dos produtos industrializados. Algumas das grandes empresas existentes nos países do Sul são filiais de empresas estrangeiras, com suas sedes nos países desenvolvidos, para onde remetem parte de seus vultosos lucros.
Porém, nos países desenvolvidos também existem filiais de empresas estrangeiras, muito mais que nas economias subdesenvolvidas e a maior parte dos lucros das empresas multinacionais instaladas nos países subdesenvolvidos em geral não são aplicados nas economias desenvolvidas. São reinvestidos nos próprios países periféricos. Logo não é somente por causa das exploração dos recursos e dos lucros obtidos dos países pobres que os trabalhadores dos países centrais recebem salários maiores, mas sim pela própria produção interna dessas economias desenvolvidas.

NOSSOS ALUNOS NÃO SABEM LER

Infelizmente a realidade na qualidade da educação brasileira, ainda é das piores no cenário mundial. Em uma recente pesquisa do PISA (Programa Internacional de Avaliação de Alunos), que busca medir o conhecimento e a habilidade de alunos maiores de 15 anos na leitura, matemática e ciências –, o Brasil amargou a 55ª posição no ranking de desempenho em leitura, isso entre as 65 economias avaliadas. O Brasil ficou a frente somente da Tunísia, Colômbia, Jordânia, Malásia, Argentina, Indonésia, Albânia, Cazaquistão, Catar e Peru. O desempenho dos alunos é medido do nível 0 a 6 no sistema de avaliação, aproximadamente 49,2% dos alunos brasileiros ficaram abaixo do nível 2, com isso, não apresentam capacidade para compreenderem estruturas básicas de um texto. Em ciências e matemática o resultado não foi diferente, nessas disciplinas ficaram, também, nas ultimas colocações. Essa realidade é triste, uma vez que a pesquisa deixa explicita a fragilidade da educação brasileira. Muito se faz para amenizar a má qualidade nas escolas, principalmente nas redes públicas – municipais e estaduais, porém muito poucos resultados, de fato, tem surgido. As poucas experiências de êxito obtidas são conquistas de algumas unidades por iniciativa própria e ainda assim, são questionáveis, pois estou dentro do sistema e sei bem como isso funciona. Em alguns projetos, quando um ou um grupo de alunos se destaca, arma-se um circo, ou seja, há a montagem de um cenário onde dá a entender que a maioria dos alunos atingiram aquele objetivo e na prática é um dentre 2.000 ou 3.000 alunos.
A maioria de nossos alunos não conseguem entender aspectos básicos da matemática e não possuem habilidades para interpretar parágrafos de textos simples em português. Os alunos obtiveram resultados piores que a mensuração anterior e desempenho pior que o de países como o Chile, Uruguai, Romênia e Tailândia.
Ocupando a 7ª posição no ranking das economias mais ricas do mundo, é inconcebível que uma Nação desse poderio econômico amargue as últimas posições nos aspectos sociais – educação, saúde, segurança, transporte, etc. Esse perfil é contraditório.

RANKING DOS PAÍSES EM LEITURA


Prof. Walter Zenio


segunda-feira, 5 de maio de 2014

ATIVIDADE - MAPA POLÍTICO EUROPEU

1. Mapa Europeu

a. Contorne de azul a faixa litorânea e áreas de mares;
b. Contorne de preto as fronteiras entre os países;
c. Dê o nome do oceano que banha a Europa e os mares localizados no continente;
d. Dê o nome de cada um dos países que compõem a continente europeu
e. Pinte cada um dos países com cores diferentes;
f. Pinte de cinza os continentes que se limitam com a Europa.


quinta-feira, 1 de maio de 2014

EJA - EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

A Educação de Jovens e Adultos – EJA é uma modalidade da educação básica destinada aos jovens e adultos que não tiveram acesso ou não concluíram os estudos no ensino fundamental e no ensino médio em idade e ano próprios. No mundo moderno no qual vivemos, o direito a educação deveria ser estendido a todos, tendo em vista que é através da educação que construímos jovens e adultos críticos e participativos dentro de uma sociedade que constantemente modifica sua fisionomia. Para sermos atores desse cenário cada vez mais exigente, não podemos considerar um ponto final na construção do conhecimento. Afinal, somos seres inacabados, estamos num processo constante de formação e reconstrução. Aquele que acredita não ter mais nada a aprender - está morto dentro desse cenário atual. Nós aprendemos e ensinamos constantemente - "Ninguém educa ninguém, ninguém educa a si mesmo, os homens se educam entre si, mediatizados pelo mundo". - Paulo Freire.
Se a EJA é uma modalidade estendida aqueles que na idade própria não conseguiram concluir seus estudos, não compreendo por que algumas pessoas se ofendem ao ouvir essa expressão, que inclusive está regulamentada pelo artigo 37 da Lei de Diretrizes e Bases da educação (a LDB - lei nº 9394.2 de 20 de Dezembro de 1996) - Art. 37 - A educação de jovens e adultos será destinada àqueles que não tiveram acesso ou continuidade de estudos no ensino fundamental e médio na idade própria.
§ 1º Os sistemas de ensino assegurarão gratuitamente aos jovens e aos adultos, que não puderam efetuar os estudos na idade regular, oportunidades educacionais apropriadas, consideradas as características do alunado, seus interesses, condições de vida e trabalho, mediante cursos e exames.
§ 2º O Poder Público viabilizará e estimulará o acesso e a permanência do trabalhador na escola, mediante ações integradas e complementares entre si.

Na época de nossos país ou avós a maioria não conseguiram cursar a educação básica e, muitos dos que cursam a EJA atualmente são exatamente desse período, em que não tinha escolas para todos e/ou porque tinham outras prioridades - trabalhar, sustentar a família, não havia escolas nas proximidades e tantos outros motivos que acabaram por privá-los do acesso aos estudos. Portanto, o momento certo para aqueles que estão voltando aos bancos das escolas, é hoje. Alguns estão voltando por uma conquista pessoal, outros porque as empresas estão exigindo, outros ainda, para se socializarem, não importa são tantos os motivos, mas o importante é que estão lá e contribuindo com suas experiências diferenciadas de vida e de trabalho.
É cada vez maior a exigência, por parte dos empregadores, de pessoas com habilidade e competências para ocuparem as vagas ofertadas no mercado de trabalho, porém muitas delas não são preenchidas exatamente pelos candidatos não possuírem o perfil exigido. Para que a EJA, de fato, cumpra com seu papel de formação, se faz necessárias políticas que abranjam e objetivam a preparação dessa camada de estudantes para permanecerem e continuarem no mercado de trabalho. Não podemos permitir que em um país tão rico (sétima economia mundial) ainda exista um número tão colossal de pessoas sem acesso a escola e analfabetas.
Quando nos alfabetizamos, cai a venda que nos segavam. Passamos a enxergar um mundo colorido e de significados e a vida se transforma. Basta observar uma criança quando começa a reconhecer as palavras - a felicidade está nos olhos. Quando dentro de um carro ou ônibus, começa a ler tudo que consegue enxergar pela janela. "Olha pai - ali está escrito meu nome, ali Caixa Econômica. Olha!!!! Ali está escrito BRASIL.

Prof. Walter Zenio