sexta-feira, 23 de novembro de 2018

O QUADRO DEMOGRÁFICO DA EUROPA

Com 742 milhões de habitantes, a Europa apresenta 10,4% da população mundial, percentual superior apenas ao da Oceania, que é de 0,5%, ou seja, 38 milhões.
O crescimento populacional do continente europeu é modesto se comparado a outros continentes, sobretudo se considerado no período pós Segunda Guerra Mundial. A taxa de crescimento demográfico anual situa-se por volta de 0,2% enquanto os demais continentes está ente 1% e 1,5%; na África de 2,5%.
Isso se deve ao fato de a Europa já ter concluído há alguns anos sua transição demográfica, ou seja, a passagem de uma fase com altas taxa de natalidade e de mortalidade para um patamar de baixas taxas. A redução das taxas de mortalidade decorre , em especial , de progressos na medicina e da melhoria das condições de higiene, de saneamento e de alimentação; a diminuição da natalidade está relacionada ás melhorias educacionais e à utilização de práticas anticoncepcionais.
O resultado da transição demográfica é um crescimento populacional baixo ou mínimo. Em alguns países da Europa , ocorre um crescimento natural negativo da população – quando a natalidade é inferior à mortalidade. Esse estágio corresponde às sociedades que alcançaram um bom nível de vida, com elevado bem-estar social e econômico.
Diante do baixo crescimento natural da população e do aumento numérico da população idosa , se não houvesse fluxos migratórios para a Europa ocorreria um colapso sócio - econômico no continente. A população Ativa ou apta a trabalhar seria insuficiente, e os estados não teriam condições financeiras de arcar com as aposentadorias e com as despesas com saúde, sobretudo das populações idosas.
Desse modo a Europa, vive um dilema: ao mesmo tempo que adotam políticas de restrição à entrada de imigrantes, necessita deles. Calcula-se que em 30 anos, aproximadamente, um quarto da população de vários países europeus – Alemanha, França, Reino Unido, Áustria, Itália, Espanha, etc. – estará aposentada.
Alguns países europeus têm estimulado a natalidade por meio da concessão de alguns benefícios. Na Alemanha, por exemplo, o governo estende o prazo da licença-maternidade até três anos após o nascimento da criança, sem corte de salário; há também, outros benefícios, como abonos em dinheiro, disponibilidade de vagas em creches e berçários, ampla assistência médica, redução de impostos, entre outros. Essa política demográfica de natalidade tem sido seguida por outros países europeus.

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