segunda-feira, 6 de março de 2017

O MUNDO NATURAL E O MUNDO SOCIAL

O MUNDO NATURAL E O MUNDO SOCIAL
A Geografia é uma ciência que procura sempre, localizar e explicar os fenômenos que ocorrem na superfície terrestre – e, até aqui, nós sempre observamos o planeta Terra como um todo, já que procurávamos mostrar as condições físicas que propiciavam as diferentes paisagens, as diferentes concentrações de vida e as diferentes formas de ocupação possíveis dessa superfície pelo homem, através do seu trabalho.
No entanto, observando com maior apuro o que temos à nossa volta , percebemos que essa superfície terrestre é dividida , além das condições naturais , também em função das relações dos homens entre si – ou seja, as diferenças de culturas, de línguas, de religiões, da história de cada grupo humano é que acabam por ser relevantes na construção das divisões das superfície terrestre.
Algumas das divisões ocorrem pelas próprias condições impostas pela natureza, como, por exemplo, os continentes, as zonas térmicas, as placas tectônicas etc.
Porém, chama a nossa atenção a divisão dos territórios dos continentes em partes que chamamos de países – e nestes países, outras subdivisões podem ocorrer ( os estados, os municípios – não representados) e, com certeza, elas não são produto da natureza, mas das relações dos homens entre si, ou seja, da “natureza social”.
Um país, é uma divisão territorial do espaço da superfície terrestre que tem limites e, se constituíram a partir da população humana dispersa pelos continentes de forma diferenciada., que acabou provocando condições diferentes de vida: alguns puderam, pelos recursos naturais existentes na área onde se fixaram, desenvolver a agricultura e a pecuária; outros, por terem um espaço muito reduzido, dedicaram-se ao comércio; outros, ainda, queriam o mesmo espaço que outro grupo, e se tornaram guerreiros.
Essas condições de trabalho e de vida diferentes em cada região promoveram uma diferenciação entre os diversos grupos de pessoas que, para viverem juntas, estabeleceram algumas coisas em comum: criaram uma linguagem que permitisse que se entendessem, criaram regras de convivência adotaram uma religião e promoveram cultos, cânticos, festas religiosas, que acabaram por identificar aquele grupo como diverso do outro.
Pela observação de algumas características quanto a indumentária, instrumentos e até traços físicos, conseguimos identificar a que grupo pertencem.
É justamente essa noção de identificação de um determinado grupo em relação a outro que chamamos de povo.
Assim podemos definir povo como um grupo de pessoas que tem a mesma língua, as mesmas tradições mesma história.
Historicamente para que esse povo pudesse se constituir, havia uma área de convivência comum, um território em que estavam fixado e com o qual interagiam – alguns povos puderam permanecer neles, outros não. Há povos, como os ciganos que são nômades . Há povos que, apesar de ocuparem o mesmo território há muito tempo, ainda não tem um país. Há territórios ocupados por vários povos. Portanto, apesar de todos os povos ocuparem um lugar, nem todos construíram suas fronteiras territoriais.
Então, não basta haver um povo e um território para que exista um país – é preciso algo mais. Além de identidade cultural, linguística, econômica, os povos também se organizaram politicamente , isto é, eles criam relações de governo e estabelecem como serão administrados para que todos possam chegar a um bem comum – é o que chamamos de Estado.
Assim, podemos entender um país como um território habitado por um povo, com um governo próprio e soberano que o representa (Estado).

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