O BRASIL COMO PROTAGONISTA GLOBAL?

Desde o tempo da Liga das Nações, uma espécie de precursora da ONU, que existiu entre 1919 a 1946, o Brasil almeja uma cadeira permanente no Conselho de Segurança. Ele nunca foi levado a sério pelas grandes potências, mas com a globalização e a nova ordem mundial multipolar, acredita-se que chegou a sua vez de se tornar um protagonista global e de participar das grandes decisões internacionais.
Porém, o Brasil apresenta pontos fortes e pontos fracos. Desde 2010, o Brasil tem a sétima maior economia do mundo. Ainda assim, nossa renda per capita é baixa em termos internacionais e nossa distribuição de renda é extremamente desigual.
Dados de 2012 mostram que cerca de um terço dos lares brasileiros têm acesso à internet. Ocupamos a 63° terceira posição no ranking mundial de acesso à cultura digital. Contudo, o preço da banda larga, em comparação aos demais países é altíssimo e a velocidade de acesso é precária, muito baixo dos países desenvolvidos e dezenas de países do sul geoeconômico.
Apenas 8% da população brasileira tem algum curso superior. É uma proporção baixíssima em comparação com a dos países desenvolvidos cuja média é de 28%. Além disso, uma avaliação da qualidade dos sistemas educacionais realizada pela Unesco em 127 países colocou o Brasil em 88° lugar, abaixo até da Mongólia, Azerbaijão, Bolívia, Paraguai e Colômbia.
A qualidade das instituições nacionais, assim como a confiança da população nelas, é algo fundamental para que qualquer economia e para um regime democrático. Segundo uma pesquisa da FGV 77% das pessoas que ganham até dois salários mínimos não confio na polícia. Essa desconfiança diminui à medida que aumenta a renda das pessoas, mas mesmo assim, 59% dos que ganham mais de 10 salários mínimos não confiam nessa instituição. Nas capitais e nas grandes cidades essa desconfiança é maior do que no interior.
Apenas 42% da população confia no judiciário; 45% Confiam na imprensa escrita, mas apenas 33% Confiam nas televisões; e somente 40% confiam no governo federal. As instituições mais mal avaliadas são os partidos políticos: apenas 5% da população confiam neles; enquanto 30% confiam no Congresso Nacional. As instituições mais bem avaliadas são as forças armadas 73%; a igreja católica 56% e o Ministério Público 55%.