domingo, 29 de outubro de 2017

DIT - DIVISÃO INTERNACIONAL DO TRABALHO

Uma das características da Revolução Industrial foi a grande divisão do trabalho, com a conseqüente especialização do trabalhador em uma só atividade específica.
Para o capitalista essa lógica podia também ser aplicada ao sistema internacional, ou seja, os países que trabalhavam para a produção também se especializaram em uma só função ou na produção de uma só mercadoria para o mercado internacional.
A Divisão Internacional do Trabalho é, portanto, a especialização dos países na produção de determinada mercadoria destinada ao mercado global.
A expansão capitalista dos países ricos também gerou, além da simples troca de produtos, uma expansão territorial da indústria, via aplicação de investimentos e exportação de tecnologia – foi assim que os países subdesenvolvidos conseguiram se industrializar.
Após a década de 50, superada a destruição provocada pela guerra, a economia do mundo voltou a crescer num ritmo muito rápido. Dentro desse quadro, as empresas dos países industrializados (ricos) assumiram proporções gigantescas.
Essas empresas trataram de mundializar, pouco a pouco, não só a produção, mas também o consumo. Elas são atraídas pela oportunidade de melhores negócios, de maior rentabilidade para o capital, enfim de maior lucratividade. Esses fator explica o fato de alguns países subdesenvolvidos terem se industrializado, à medida que começaram a receber muitas multinacionais em seus territórios. Portanto, o elemento mais importante nesse processo da divisão internacional do trabalho é o aparecimento de países subdesenvolvidos que se destacam na exportação de industrializados – são os chamados “países emergentes”.
Assim, a divisão internacional do trabalho, assim ficou:
• Países desenvolvidos – produtores de industrializados, capitais produtivos, especulativos e empréstimos, além de tecnologia.
• Países subdesenvolvidos não-industrializados – produtos primários: agrícolas, minerais e fósseis.
• Países subdesenvolvidos industrializados – produtos primários, produtos industrializados e capitais(juros, royalties e lucros).
É importante lembrar que o processo de industrialização ocorrido nesses países foi, em grande parte, decorrente da implantação de um modelo dependente de capitais e de tecnologias do exterior. Trata-se de um processo de industrialização desigual e complementar às indústrias dos países desenvolvidos, sendo assim, comandado por interesses externos.

O COMÉRCIO INTERNACIONAL

Comércio significa trocas de valores ou de produtos, é a relação entre as importações e as exportações de um país. Surgiu há milhares de anos, com a troca direta de objeto nos serviços: um colar por um arco, um cesto de frutas ou peixes por tantos vasos de argila, a cura de um doente (com ervas e orações) por certa quantidade de comida e etc.
Depois, a troca direta de produtos ou serviços foi substituída pela troca deles por moeda ou dinheiro. No começo, vários objetos como Conchas e chifres serviram de moeda. Mais tarde, passaram a ser usados metais preciosos como ouro e a prata. Com a formação dos Estados-Nações nos séculos XVIII, XIX e XX, surgem as moedas nacionais, como a libra inglesa, o dólar norte-americano e o iene (ou yen) japonês.
Inicialmente, o comércio era apenas local, isto é, realizado entre pessoas de uma mesma comunidade ou entre pessoas de comunidades vizinhas. Mais tarde, as trocas comerciais começaram a se realizar também entre povos distantes. Como entre os europeus e os africanos ou os árabes. Mas foi com o desenvolvimento do capitalismo com a expansão marítimo, comercial europeia dos séculos XV e XVI que se iniciou um intenso comércio internacional envolvendo a Europa e a Ásia, África, América e a Oceania.
Hoje o comércio internacional é tão importante que nem um país pode dispensá-lo. Atualmente não existe mais nenhuma economia autossuficiente, ou seja, que produza em seu próprio território tudo que necessita. Todas exportam algumas mercadorias, bens como café, trigo, petróleo, computadores ou serviços como assistência técnica, assessorias e atividades médicas ou advocatícias e importam outras.
De fato hoje as economias nacionais são bem mais abertas ao exterior que no passado grande parte dos produtos consumidos no país vem de fora e são feitas por via marítima.
O coeficiente ou grau de abertura externa de uma economia costuma ser medido pela relação entre as suas exportações e o seu produto interno bruto PIB que inclui todos os bens e serviços produzidos nesse países durante um ano algumas economias com um elevado coeficiente de abertura externa são Cingapura 88% do PIB Países Baixos 83% Coreia do Sul 43% e Alemanha 43,8%.
os maiores exportadores e importadores mundiais de bens e em serviços são a China Estados Unidos Alemanha e Japão países baixos e França. Entre esses países alguns tiveram superávit saldo positivo do seu comércio externo e os demais tiveram déficit saldo negativo. o superávit de uma balança comercial ocorre quando as exportações superam as importações e uma balança comercial deficitária ocorre quando as importações são maiores que as exportações.
a China que vem conhecendo sucessivas taxa de elevado crescimento econômico de 9 até 12% ao ano desde o final da década de 1980 tornou-se nos últimos anos o maior exportador Mundial por sinal um dos fatores embora não o único que impulsionou esse acelerado crescimento da economia chinesa foi a sua abertura para o comércio externo.
o grau de abertura da economia chinesa ao exterior que era baixíssimo nos anos de 1970 menos de 2% aumentou para quase 28% em 2011.

AULA EXPOSITIVA - A CAMADA SÓLIDA DA TERRA

sexta-feira, 27 de outubro de 2017

A POPULAÇÃO - EXPLOSÃO DEMOGRÁFICA

Até o final do século passado era comum a ideia de que existia uma explosão demográfica, como se o crescimento da população fosse o maior problema econômico e alimentar da planeta - alguns falavam até em "bomba populacional" prestes a explodir. Previsões alarmistas falavam que a população mundial chegaria aos 12 bilhões e que haveria a necessidade urgente de implantar um rígido controle da natalidade. Preocupado com o crescimento populacional acelerado, Malthus publica, anonimamente, em 1798, An Essay on the Principle of Population, obra em que expões suas ideias e preocupações acerca do crescimento da população do planeta. Malthus alertava que a população crescia em progressão geométrica, enquanto que a produção de alimentos crescia em progressão aritmética. No limite, isso acarretaria uma drástica escassez de alimentos e, como consequência, a fome. Portanto, inevitavelmente o crescimento populacional deveria ser controlado.Para os neomalthusianos, uma população numerosa seria um obstáculo ao desenvolvimento e levaria ao esgotamento dos recursos naturais, ao desemprego e à pobreza.
Com relação a bomba populacional, a explosão da natalidade que devoraria toda a comida do mundo e esgotaria ou poluiria o ar e a água, esse pino não foi puxado. A taxa de natalidade em países como a Itália, o Japão ou a Rússia, entre outros, despencou para níveis abaixo do necessário para a reposição da população. A idade usual para o casamento e a gravidez elevaram-se e o uso de anticoncepcionais subiu as alturas.
A ameaça agora é mais regional do que global, circunscrita a lugares como a Nigéria ou ao Paquistão. Desde 1968, quando a Divisão de População da ONU previu que a população cresceria para no mínimo 12 bilhões em 2050, o órgão tem constantemente revisado suas estimativas para baixo. A previsão atual está num patamar de 9 bilhões para esse ano.
Na verdade, isso se deve, aos bilhões de bebes que nunca nasceram. Nos países desenvolvidos, muitas mulheres foram para a universidade e passaram a buscar a realização pessoal e profissional, deixando para mais tarde a realização da maternidade. Muitas não querem filhos, ou decidiram não ter mais de dois filhos. E mesmo no resto do mundo as taxas de natalidade vêm declinando a cada ano.
As medidas simples de saúde pública tais como represas para fornecer água limpa, vitaminas para grávidas, lavagem das mão para parteiras, sais de reidratação oral para bebês, vacinas para crianças pequenas e antibióticos para todos ajudaram a dobrar a expectativa de vida no século XX, de 30 para 60 anos na média mundial.
Alarmados com a tendência de estagnação ou até de regressão demográfica, muitos países estão pagando às cidadãs para engravidarem. A Estônia paga um ano de licença maternidade, a Austrália lançou um subsidio de US$ 2 mil por bebê e o Japão até pouco tempo, pagava até US$ 10 mil para cada operário que tivesse um filho.
Uma autoridade disse às pessoas: "Vão para casa e façam seu dever patriótico hoje a noite". As prefeituras japonesas, que atacam o problema num estágio precoce, organizam cruzeiros para solteiros arrumarem parceiros.

quarta-feira, 18 de outubro de 2017

A URBANIZAÇÃO


A urbanização é um aspecto espacial ou territorial resultante de modificações sociais e econômicas. O primeiro processo de urbanização ocorreu há milhares de anos, com a chamada revolução neolítica, quando o homem aprendeu a domesticar animais e a cultivar plantas, tornando-se sedentário e criando suas principais cidades, que hoje, para nós, seriam apenas vilas.
Até o advento da Revolução Industrial, a cidade era subordinado ao campo. Ela vivia do comércio do excedente agrícola campesino. A Revolução Industrial, momento essencial do desenvolvimento do capitalismo, alterou essa situação, acarretando profundas transformações espaciais:
• a diferenciação entre campo e cidade se aprofunda por causa do enorme crescimento do meio urbano, que passa a comandar o meio rural;
• a maioria da população de cada nação que se moderniza (com industrialização e expansão do comércio e dos serviços) vai migrando do campo para a cidade, o que origina imensas metrópoles;
• as atividades urbanas, em especial a Industrial, provocam grandes alterações no campo com a mecanização, novos métodos de cultivo e menor necessidade de mão de obra.
Com as tendências modernas de produção de alimentos, que vão desde a hidroponia até o uso intenso da biotecnologia, alguns argumentam que o meio rural tradicional, da agricultura e pecuária, seria até mesmo dispensável. Pode-se cultivar certas espécies em condições artificiais (sem solo) e criar certos animais ou peixes em condições também artificiais, sem necessidade de grandes espaços.
Existem algumas sociedades que são hoje totalmente urbanas, com 100% da população vivendo nas cidades: Cingapura, Hong Kong, Ilhas Cayman, Gibraltar, Bermudas, Mônaco e Vaticano. Essas Nações constitui exceções, por serem áreas pequenas com grande concentração populacional. Mas até países com territórios imensos tem uma parcela relativamente pequena de sua população no meio rural, como Austrália, Canadá, Estados Unidos e Brasil.
Desde meados do século XVIII vem ocorrendo um contínuo crescimento do meio urbano à custa do meio rural, isto é, grande quantidade de pessoas transferem-se do campo para as cidades. São as migrações rural-urbanas, conhecidas nos países subdesenvolvidos como o êxodo rural. Essas migrações se aceleram na segunda metade do século XX.
Esse processo tem como consequência a urbanização, que foi mais intensa nos atuais países desenvolvidos até meados do século XX e atualmente ocorrem mais nos países subdesenvolvidos. Estima-se que em 2008 a população urbana, pela primeira vez em toda a história da humanidade, tenha atingido a 50% da população mundial.
Segundo estimativas da ONU, o crescimento populacional no mundo entre 2000 e 2030 é de 1,04% ao ano. Mas a população urbana cresce a um ritmo de 1,85% ao ano e a rural, a uma taxa de apenas 0,10% ao ano. Calcula-se que atualmente por volta de 54% da humanidade vive em cidades.
Estima-se que em 2030 a população urbana representará a cerca de 62% da população mundial e que até mesmo as regiões do Globo onde ainda hoje predomina à população rural, como a África e grande parte da Ásia, terão a maioria da sua população residindo em cidades.
Um dos grandes desafios da humanidade neste novo século é o advento das chamadas megacidades aglomerações urbanas com mais de 10 milhões de habitantes. Com a expansão de grandes cidades e principalmente das megacidades multiplicaram-se os desafios e os problemas como a submoradias (favelas e cortiços) os congestionamentos, o lixo Urbano, e a poluição do ar e das águas, as necessidades de infraestrutura urbana (transporte coletivo, água encanada, rede de esgoto, eletricidade, áreas de lazer e de cultura etc.

segunda-feira, 2 de outubro de 2017

O IDH - ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO HUMANO

Até o final da Segunda Guerra Mundial, as desigualdades internacionais não eram consideradas uma questão importante. A partir do final desse conflito é que o tema passou a ocupar o importante lugar nas discussões internacionais. Temos que lembrar que no final dessa grande guerra foi criada a ONU, e essa nova organização logo procurou manter a paz no mundo e também promover o desenvolvimento das Nações mais pobres. Na verdade ela não conseguiu - pelo menos não totalmente - nenhum desses dois objetivos mas no fundo foram eles que originaram.
Corrigir as enormes desigualdades internacionais passou a ser uma das tarefas da ONU, assim como combater a fome e a pobreza extrema de centenas de milhares de pessoas. Mas sempre houve - e ainda há - dúvidas sobre como medir o desenvolvimento de um país. Até o final dos anos de 1980 eram considerados apenas os indicadores econômicos, como o PIB ou PNB, além da renda per capita. Os estudiosos, todavia sempre alertaram que esses indicadores econômicos, apesar de importantes, são insuficientes. O desenvolvimento não deve ser visto apenas como um econômico, mas também como o social e humano - e, atualmente, cada vez mais também como ambiental ou sustentável.
Dai a ONU ter dado maior ênfase a dois fatores que antes eram negligenciados: a saúde e a educação. Eles também passaram a ser avaliados para medir o grau de desenvolvimento de cada país. Com isso, surgiu um novo indicador: o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano).
O IDH foi criado no final da década de 1980 e, além dos indicadores econômicos, incirpora índices de saúde de educação. Passou a ser avaliada em praticamente todos os Estados do mundo a partir de 1990, atualizado e aprimorado a cada ano. O IDH consiste em uma média aritmética de indicadores desses três campos ou setores: economia, saúde e educação. Para definir o IDH de cada país, calcula-se a média dos números encontrados em uma escala que vai de 0 a 1. A posição de cada país no ranking do IDH, costuma não mudar muito, embora com o tempo quase todos melhorem um pouco os seus IDHs.
Um elemento a destacar é que em 2011 a ONU considerou 47 países como desenvolvidos (IDH muito alto), temos 46 países com IDH baixo e rotulados de subdesenvolvidos. Os 94 restantes, classificados como em desenvolvimento, possui um IDH alto ou médio.
É uma classificação problemática, pois entre os países considerados desenvolvidos existem alguns poucos casos de economias frágeis e praticamente sem industrialização (Barbados), ou de países como Catar ou Emirados Árabes Unidos, que dependem apenas de petróleo - um recurso natural que um dia vai ser asgotar. Além disso, nesses países árabes exportadores de petróleo com altíssimas rendas médias, grande parte da população é formada por mão de obra estrangeira, que não possui direitos e benefícios sociais dos cidadãos, tais como salário mínimo, aposentadoria e atendimento médico-hospitalar. Ao classificar esses países como desenvolvidos, Pnud está cometendo o equívoco de ignorar essa parcela de estrangeiros que reside e trabalha nessa as nações (muitas vezes até maior que o total dos cidadãos do país).
Apesar dessa ressalva do grupo dos países com IDH muito alto, a imensa maioria é constituída por países indiscutivelmente desenvolvidos: Estados Unidos, Noruega, Alemanha, Japão, França, Reino Unido. Austrália e Suécia, etc. E no grupo dos 46 países com IDH abaixo existem apenas países extremamente pobres e subdesenvolvidos. Mas o imenso grupo de países com IDH é considerado alto (47 Nações) ou médio (também 47) inclui economiza extremamente díspares. Algumas altamente industrializados como (China e Índia, Brasil ou México) e outras com fraca industrialização (Guatemala, Panamá, Paraguai, Nicarágua ou Paquistão). Não é possível considerar todo esse imenso grupo de 94 países como em desenvolvimento. Podemos apenas entender que o Pnud, como um programa da ONU, é extremamente sensível a pressões diplomáticas E logicamente procurar amenizar suas classificações e sempre avaliar os seus membros da forma mais positiva possível.

O TERRORISMO

Terrorismo é uma forma de ameaça sistemática a sociedade por meio de atos de violência. Ele pode ocorrer por ações de grupos clandestinos unidos por um ideal político, afinidades étnicas ou religiosas através de atentados a alvos específicos, personalidades e instituições do estado ou aos indiscriminadas que atingem a população civil.
O terrorismo também pode ocorrer por meio de ações do próprio Estado contra cidadãos ou organizações da sociedade civil situação comum em regimes ditatoriais ou totalitários.
O terrorismo ganhou relevância neste início do Século XXI. Foi proclamado acima das Guerras entre países como a principal ameaça à humanidade. Isso por conta da imprevisibilidade de suas ações e da falta de visibilidade do inimigo. O terrorismo e a luta contra ele, tem sido colocados como temas obrigatórios nas relações internacionais.
Os Estados Unidos declaram Guerra ao terrorismo. Após os atentados de setembro de 2001, o combate ao terrorismo justificou as principais ações militares estadunidenses, no Afeganistão e no Iraque. no entanto, essa meta de combate ao terrorismo já proclamada na década de 1980 pelo governo Reagan - não evitou que milhares de atentados ocorridos nos últimos anos e que aumentasse o número de grupos que utilizam o terrorismo como estratégia de luta.
Ações de caráter terrorista como instrumento de luta política passaram a ocorrer no século XIX. Ao longo do século XX e XXI, vários grupos promoveram ações terroristas na Europa e em outras partes do mundo. As motivações estratégicas e as consequências foram diversas, segundo o momento histórico e as nações envolvidas. Foi, inclusive, o Estopim da Primeira Guerra Mundial (1914/1918) conflito que deixou mais de 10 milhões de mortos e modificou o panorama político internacional.
Mas, foi durante o período de Guerra Fria que o terrorismo passou a cuidar de dimensão internacional. Grupos terroristas de diversas matizes ideológicas (de oposição aos governos, ditatoriais ou não; nacionalistas em luta pela independência e pela autonomia Nacional; seitas e grupos religiosos) foram formados em todos os continentes. Na maioria dos casos, esses grupos eram apoiados pelos Estados Unidos ou pela ex-União Soviética.
Na década de 1970, surgiram na Europa diversas organizações terroristas de cunho político, somadas as já existentes IRA e ETA: na Itália, as Brigadas Vermelhas (organização guerrilheira de extrema-esquerda de luta contra o sistema capitalista); na França, Ação Direta (incentiva a população a usar métodos diretos para produzir mudanças e administrar os próprios interesses, como greves, boicotes, ocupações dos locais de trabalho ou sabotagem); e na Alemanha o Baader Meinhof (grupo guerrilheiro radical comunista, também conhecido como Facção do Exército Vermelho). Esses grupos aterrorizavam a população europeia ao mesmo tempo em que recebeu a simpatia da parcela da população.
No Oriente Médio, considerado hoje o grande foco do terrorismo internacional, os primeiros grupos tiveram origem entre judeus nacionalistas na Palestina, na década de 1930. Mas foi somente a partir da década de 1960 que ocorreu a disseminação de grande quantidade de grupos terroristas na região, agora formada por palestinos. Os atentados terroristas pelas organizações palestinas, além de carros-bombas utilizados originalmente por organizações terroristas europeias - acrescentaram o terrorismo suicida.

domingo, 1 de outubro de 2017

aula expositiva - A ESTRUTURA DA TERRA

A ESTRUTURA DA TERRA


Nos encontramos hoje na Era Cenozóica, Período Quaternário. É a partir daqui que vamos pesquisar. Além disso, o que mais conhecemos de nosso planeta, o mais próximo de nós é a sua superfície, lugar em que vivemos, atuamos, estabelecemos relações com o solo, com os vegetais com os animais, os outros homens – enfim, onde fazemos nossa história e construímos nossa história e construímos o espaço geográfico.
1. A atmosfera (cobertura gasosa) – a atmosfera é a camada gasosa que envolve toda a Terra e a acompanha no movimento de translação. Sua composição é de gases diversos que variam conforme a altitude. Também as temperaturas diminuem com a altitude.
Ela é uma camada de proteção contra os raios solares e radiações e que, sem ela, poderiam nos atingir e produzir excesso de calor ou de frio e, consequentemente a morte dos seres vivos. Protege-nos também de meteoritos e cometas que eventualmente poderiam atingir a Terra e causar grandes danos.
Mais próxima da superfície, constitui-se principalmente de nitrogênio, pequenas porções de gás carbônico e vapor d’água e, sobretudo, de oxigênio, fundamental para nossa sobrevivência.
2. A hidrosfera (camada líquida) – a hidrosfera é constituída pelas águas que ocupam a maior parte de nosso planeta . Três quartos da superfície terrestre estão cobertos por água e de cada 100 litros, 98,8 litros estão nos oceanos.
A água regula grande parte dos processos que ocorrem na Terra, sobretudo o ciclo da água e, consequentemente, funciona como regulador térmico (calor/frio) ou climático.
3. A litosfera (camada sólida) – a litosfera é a parte sólida da Terra, é a camada mais próxima de nós. Contudo, o que chamamos de litosfera corresponde, além do “chão” em que pisamos, ao chão dos oceanos – chamamos de crosta terrestre – e, mais interiormente, a uma parte de material pastoso próximo à superfície. Essa parte pastoso é chamada de astenosfera. Assim, litosfera é a camada formada pela crosta terrestre e pela astenosfera.
Essa é a parte mais difícil de conhecermos, já que as temperaturas aumentam à medida que nos aproximamos do centro, ou seja, conforme aumenta a profundidade. O homem não consegue penetrar além de uma fina camada. Só na parte em que conseguimos penetrar há o aumento de 1ºC de temperatura a cada 33 metros de profundidade(grau geotérmico)
No entanto, utilizando instrumentos que chamamos de sismógrafos, é possível diferenciar velocidade e trajetória de ondas sísmicas até o centro da Terra, o que nos permite perceber densidades variadas e acaba nos dando uma idéia das diferentes camadas internas (Crosta terrestre, Manto e Núcleo) da Terra.
• Crosta terrestre – forma como uma casca do planeta, tem em média 55 Km de espessura nas áreas continentais, mas é mais fina nas áreas recobertas pelos oceanos. É composta por minerais mais leves como silício e alumínio (Si, Al).
• Manto – fica logo abaixo da crosta, tem uma profundidade de 2.900 Km e ocupa 82% do volume da Terra. Por causa das altas temperaturas, o material ali existente está em estado pastoso ou de fusão – chamamos esse material de magma. Quando chega à superfície, através de vulcões, esse material é denominado lava. O manto é composto por materiais mais pesados como o silício e magnésio (Si, Ma).
• Núcleo – representa 16% do volume da Terra e 32% de seu peso, tem uma espessura de aproximadamente 5.000Km e sua temperatura varia de 4.000 a 6.000ºC. Constitui-se de níquel e, sobretudo, ferro (Ni, Fe). A parte mais central é sólida, mas a parte próxima ao manto é líquida.
4. A biosfera (camada da vida) – a biosfera é denominada a camada da vida. As diferentes espécies de seres vivos, inclusive o homem, necessitam de elementos básicos para sua sobrevivência, como a luz solar, o ar, o solo, a água – portanto, necessitam de elementos das camadas da Terra, ou seja, a atmosfera, a hidrosfera e a litosfera. É esse conjunto de ambientes que denominamos biosfera.
Nela se processa um conjunto de relações de interdependência dos diversos elementos que se influenciam mutuamente – a alteração de qualquer um deles desencadeia reações nos demais, que atingem o sistema como um todo e, consequentemente, regulam o equilíbrio necessário à existência de vida.
É claro que essas relações sempre existiram, porém, hoje mais do que nunca, a compreensão da necessidade de sua preservação e de sua fragilidade se torna evidente para a preservação da própria humanidade.

segunda-feira, 18 de setembro de 2017

AULA EXPOSITIVA - A REVOLUÇÃO INDUSTRIAL E O ESPAÇO GEOGRÁFICO

A REVOLUÇÃO INDUSTRIAL E O ESPAÇO GEOGRÁFICO

Todo o processo de transição do feudalismo ao capitalismo, no qual a Revolução Industrial foi o acontecimento mais importante, significou também uma nova maneira de arranjar ou organizar o espaço. Em primeiro lugar, houve uma urbanização, ou seja, o crescimento das cidades com as migrações do meio rural para o urbano.
A urbanização implicou numa grande diferenciação entre o campo e a cidade. As cidades começam a crescer vertiginosamente (urbanização) e o meio rural vai sendo aos poucos influenciado pelas formas de produção da indústria moderna (mecanização e relação assalariada).
O meio urbano torna-se a sede das indústrias e dos serviços modernos (bancos, estabelecimentos de ensino, serviços médicos-hospitalares, administração pública etc.) e o meio rural, o fornecedor de alimentos para a população urbana e de matérias-primas para a indústria que se concentram nas cidades. Nenhuma região escapa a essa nova forma de produção, todas passam a ser integradas, complementares entre si. As cidades vão se tornando a sede de cada região e estabelece-se uma hierarquia, uma rede ou sistema integrado de cidades: as menores ou cidades pequenas, existentes em grande número, dependem da cidades médias (em número menor), e estas são subordinadas as grandes cidades, em especial as metrópoles (poucas).
As grandes metrópoles, onde passa a viver uma proporção cada vez maior da população de cada sociedade moderna ou industrializada, consistem o centro econômico, administrativo e cultural e sediam as principais indústrias e as instituições financeiras, políticas e educacionais. As cidades médias constitui o centro de suas regiões, com indústrias de menor porte (e algumas grandes) filiais ou revendedoras das grandes empresas e universidades (que, em geral, não ocupa lugar de vanguarda em pesquisa, como as das grandes cidades). As pequenas cidades tem importância apenas local, e não nacional nem mesmo regional; dispõem de indústrias ligadas à agropecuária, de bancos com movimentos discreto e de até algumas faculdades isoladas (mas não universidades).
Além de provocar a urbanização com a formação dessa rede urbana e a mecanização do campo, a industrialização cria certas regiões industriais. Nessas áreas, que abrangem várias cidades, há grande concentração de indústrias. No início, essas regiões industriais localizavam-se nas áreas onde havia recursos naturais importantes para as indústrias. Dos recursos naturais, o principal era um carvão, além de matérias-primas, como algodão para as indústrias têxteis, minérios para as metalúrgicas e etc. Era necessário também levar em consideração a existência de mão-de-obra abundante.
Mais tarde, já no final do século XIX, as regiões industriais situavam-se nas áreas onde havia infraestrutura (eletricidade, água encanada, facilidade de transportes), além de mão de obra e facilidade para receber ou extrair recursos naturais.
Depois de certo momento, já no século XX, pouco a pouco a proximidade dos recursos naturais deixa de ser importante, pelo aperfeiçoamento dos transportes, e o fundamental passa a ser a existência de um importante mercado consumidor na área. A partir dos anos de 1970, outros fatores locacionais que se tornaram importantíssimo são a presença de telecomunicações (telefones fibras ópticas para formação de redes de computadores) e de trabalhadores com alto nível de qualificação (daí a importância atual das áreas localizadas nas vizinhanças de importantes universidades e centros de pesquisas tecnológicas).

quinta-feira, 14 de setembro de 2017

TRABALHO - OS RECURSOS ENERGÉTICOS - 2º ANO

TRABALHO MANUSCRITO

TEMA: OS RECURSOS ENERGÉTICOS
DATA DE ENTREGA: 20/09/2017


DEVERÁ CONTER:


1. CAPA
2. ROSTO DE CAPA
3. ÍNDICE
4. INTRODUÇÃO
5. DESENVOLVIMENTO
6. ANEXOS
7. CONCLUSÃO
8. BIBLIOGRAFIA

TRABALHO - O TERRORISMO - 3º ANO

TRABALHO MANUSCRITO

TEMA: O TERRORISMO
DATA DE ENTREGA: 20/09/2017


DEVERÁ CONTER:

1. CAPA
2. ROSTO DE CAPA
3. ÍNDICE
4. INTRODUÇÃO
5. DESENVOLVIMENTO
6. ANEXOS
7. CONCLUSÃO
8. BIBLIOGRAFIA

AULA EXPOSITIVA - AS COORDENADAS GEOGRÁFICAS

AS COORDENADAS GEOGRÁFICAS

O Equador divide a Terra em dois hemisférios (metades da esfera): o hemisfério Norte e o hemisfério Sul.
O Meridiano de Greenwich divide também a Terra em dois hemisférios: o hemisfério Leste e o hemisfério Oeste.
Assim, para localizar com precisão um ponto qualquer na superfície terrestre, a informação baseada apenas nos pontos de orientação não é suficiente, pois eles indicam apenas a direção. Assim, precisamos estabelecer também a medida de seus pontos nos paralelos e meridianos – essa medida é dada pelas coordenadas geográficas: latitude e longitude.
Latitude é a distância, medida em graus, de um ponto qualquer da superfície da Terra até o Equador (paralelo de 0º). Todos os lugares situados num mesmo paralelo têm a mesma latitude.
Tendo o Equador como referência (paralelo de 0º), a latitude pode ser norte ou sul, variando de 0º a 90º para Norte e de 0º a 90º para sul, cada um medindo 1º (um grau).
Longitude é a distância, medida em graus, de um ponto qualquer da superfície terrestre até o Meridiano de Greenwich (meridiano de 0º). Todos os lugares situados sobre um mesmo meridiano têm a mesma longitude.
Como na esfera terrestre a meridiano de Greenwich é o meridiano de 0º, a longitude pode ser leste (oriental) ou oeste (ocidental), variando de 0º a 180º para Leste e de 0º a 180º para Oeste, cada um medindo 1º (um grau).
Para estabelecer um ponto da superfície terrestre precisamos, portanto, identificar a latitude, ao Norte ou ao Sul, e a longitude, a Leste ou a Oeste.


EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO - AS LINHAS IMAGINÁRIAS


1. EXPLIQUE O QUE SÃO OS MERIDIANOS.


2. DÊ O NOME DO PRINCIPAL MERIDIANO E QUAL A SUA FUNÇÃO?


3. DIGA, O QUE É UMA RETÍCULA OU REDE GEOGRÁFICA?


4. O QUE SÃO OS PARALELOS?


5. CITE OS PRINCIPAIS PARARELOS


6. O PARALELO INICIAL E O MERIDIANO PRINCIPAL DIVIDE A TERRA EM DUAS PARTES. QUAIS SÃO ELAS?

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO - A INDUSTRIALIZAÇÃO DA HUMANIDADE

1. COMO ERA A QUALIDADE DE VIDA NOS PRIMEIROS ANOS DA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL? 
Resp.:

2. A REVOLUÇÃO INDUSTRIAL PROMOVEU A DIVISÃO DO TRABALHO NAS FÁBRICAS. EXPLIQUE ESSE FENÔMENO.
Resp.:

3. COM O CAPITALISMO INDUSTRIAL, MUITOS PROBLEMAS ASSOLARAM AS COLÔNIAS RECÉM CONQUISTADAS. QUAIS FORAM ESSES PROBLEMAS?
Resp.:

4. A REVOLUÇÃO TECNOLÓGICA PRÓPRIA DA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL ABRIU UMA NOVA FONTE PARA O ENRIQUECIMENTO DAS NAÇÕES. QUAIS ERAM ESSAS FONTES?
Resp.:

5. EXPLIQUE O QUE FOI A REVOLUÇÃO INDUSTRIAL.
Resp.:

6. DIGA, O QUE É A DIVISÃO INTERNACIONAL DO TRABALHO?
Resp.:

7. NO CAPITALISMO COMERCIAL QUAIS FATORES POSSIBILITARAM O ENRIQUECIMENTO DAS NAÇÕES EUROPEIAS?
Resp.:

8. COM A INSTALAÇÃO DE MUITAS FÁBRICAS NO PERÍODO DA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL QUAL FOI O IMPACTO NA NATUREZA?
Resp.:

9. ONDE E QUANDO OCORREU A REVOLUÇÃO INDUSTRIAL?
Resp.:

10. AS PRIMEIRAS FÁBRICAS (REV. IND.) PRECISAVAM DE MUITA MÃO-DE-OBRA. DE ONDE VEIO ESSA MÃO-DE-OBRA E QUAIS AS CONSEQUÊNCIAS PARA O ESPAÇO ONDE FORAM INSTALADAS?
Resp.: 

AULA EXPOSITIVA - AS FONTES DE ENERGIA

AS FONTES DE ENERGIA

Fonte de energia, transportes e telecomunicações constituem três elementos básicos da infraestrutura econômica - e, em particular, industrial - de um país. São condições para sua modernização e, ao mesmo tempo, indicadores de desenvolvimento.
Quanto mais moderna e desenvolvida for uma economia nacional, maior será o seu consumo de energia elétrica per capita (por habitante), maior quantidade de transporte per capita o país terá (isto é, rodovias pavimentadas, ferrovias, movimento em aeroportos), assim como maior quantidade de telecomunicações per capita (ou seja, linhas telefônicas, telefones celulares, usuários de internet, etc.).
As principais fontes de energia do Brasil São:
▪petróleo - fornece gasolina óleo diesel, querosene e gera eletricidade em algumas usinas hidrelétricas;
▪ energia hidráulica - produz eletricidade por meio das usinas hidrelétricas;
▪ carvão mineral - fornece calor para os altos-fornos das Indústrias siderúrgicas e gera eletricidade em algumas usinas termelétricas;
▪ biocombustíveis - o álcool, o principal deles, é usado como combustível para automóveis desde a década de 1970;
▪ outras - o gás natural, o átomo (energia nuclear), o Xisto betuminoso, a lenha, o carvão vegetal e a energia solar também podem ser consideradas fontes de energia importantes para o país.
Com todos os recursos naturais que o ser humano utiliza, as fontes de energia podem ser renováveis e não renováveis. As fontes renováveis, são as que não se esgotam e podem ser aproveitadas indefinidamente como a biomassa, a energia hidráulica, a solar, a eólica (dos Ventos), etc. As fontes não renováveis são constituídas pelos recursos que existem em quantidade limitada no planeta, tendem a esgotar-se por completo daqui a algumas décadas ou séculos, conforme o caso Exemplos: petróleo, carvão mineral, urânio e xisto betuminoso.
Geralmente as fontes não renováveis polui bem mais que as renováveis. Os combustíveis fósseis, como petróleo, carvão e Xisto betuminoso, são os mais poluentes de todos e são também, em grande parte, responsáveis pela poluição atual dos oceanos (vazamentos de navios- petroleiros), da atmosfera, dos solos e dos rios. O urânio, usado nas usinas nucleares, oferecem maior risco de catástrofes por acidentes.
As fontes de energia renováveis apresentam alguns impactos ambientais negativos. A lenha e o carvão vegetal são muito poluentes e ocasionam problemas ecológicos que podem ser corrigidos, em parte, com adequada a prática de reflorestamento. A energia hidráulica oferece o único problema de poluição: a ocupação de grandes áreas pelo represamento dos rios, o que destrói paisagens naturais (cachoeiras, matas, fauna) e provoca a necessidade de deslocar cidades ou vilas das terras a serem inundadas e a perda de cultivos agrícolas, de solos utilizáveis pela agropecuária e até de riquezas arqueológicas. Outro problema, este de ordem sazonal, oferecido pela energia hidrelétrica é a menor produção na época das secas, quando o nível da água das represas abaixa muito.
O problema ambiental das usinas hidrelétricas, infelizmente, tem sido grave no Brasil por causa da falta de cuidados com a fauna e a flora do local a ser inundado, com as riquezas arqueológicas que muitas vezes existem no subsolo e com as populações ribeirinhas, que são expulsas do local e geralmente acabam sendo deslocados para áreas menos propícias para o cultivo, etc. Já a energia solar, a eólica e a geotérmica (do calor da Terra) parece não apresentar grandes riscos de poluição.

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO - OS SETORES DE ATIVIDADES ECONÔMICAS



1. EXPLIQUE, O QUE VEM ACONTECENDO COM A POPULAÇÃO DO BRASIL NAS ÚLTIMAS DÉCADAS?


2. QUAIS SÃO OS SETORES DE ATIVIDADES ECONOMICAS. EXPLIQUE.


3. EXPLIQUE O QUE É PEA.


4. POR QUE AS CRIANÇAS, JOVENS E IDOSOS SÃO CONSIDERADOS PEI?


5. POR QUE O SETOR TERCIÁRIO PODE SER CONSIDERADOO SETOR DO FUTURO.

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO - AS DESIGUALDADES INTERNACIONAIS.

1. Por que até o século XX não se ouvia falar em países desenvolvidos e subdesenvolvidos?

2. As economias não são fixas e imutáveis. Justifique essa afirmação.

3. Por que a Revolução Industrial acabou por ampliar as desigualdades internacionais entre as economias?

4. As metrópoles não admitiam a terminologia subdesenvolvimento para caracterizar a maior parte dos países . Explique essa afirmação.

5. Por que os termos Norte/Sul, são considerados genéricos?

6. Explique o que é o  Norte e o Sul geoeconômico.

7. Que parte do cenário mundial é considerado como integrante do termo Norte geoeconômico?

8. Por que as desigualdades econômicas entre países se agigantou ao longo do tempo?  

9. Por que essa terminologia Norte/Sul é considerada artificial?

AULA EXPOSITIVA - AS DESIGUALDADES INTERNACIONAIS

AS DESIGUALDADES INTERNACIONAIS

Atualmente, um dos maiores problemas mundiais são as diferenças entre países ricos e países pobres. Fala-se de um abismo entre o Norte desenvolvido e o Sul subdesenvolvido. Apesar de haver um elemento de verdade nessa ideia, temos de lembrar que esses dois termos são genéricos, uma vez que Norte e Sul englobam países com distintos níveis de desenvolvimento.
Considera-se como o Norte geoeconômico um conjunto formado por mais ou menos 30 países com cerca de 25% da população e quase 60% da riqueza do mundo. No lado oposto, o sul geoeconômico temos um enorme conjunto formado por cerca de 170 países abrangendo 75% da população mundial e somente cerca de 40% da produção econômica do Globo. Contudo, é necessário esclarecer alguns mal- entendidos.
Primeiramente, é preciso compreender que não se trata de dois hemisférios, separados pelo Equador. O Norte e o Sul geopolítico são, na verdade duas porções do Globo divididas por uma linha sinuosa que separa os Estados Unidos da América Latina, à Europa da África e depois, no Oceano Pacífico, faz uma curva para o sul para incluir a Austrália e a Nova Zelândia do Norte geoeconômico.
Em segundo, lugar os dois conjuntos são artificiais, ou seja, criados por estudiosos. Eles não são, portanto, blocos ou associações de países que atuam em comum, como era o antigo bloco socialista sobre a liderança da ex-União Soviética. Pelo contrário, alguns países do Sul, como Índia e Paquistão, são adversários declarados.
Em terceiro lugar, os países não formam conjuntos homogêneos. Existem países extremamente desenvolvidos no Norte - Estados Unidos, Alemanha, Japão, Finlândia ou Canadá e, nações de desenvolvimento mediano - Grécia, Portugal, Rússia ou Bulgária. Em relação aos países do Sul geoeconômico as diferenças são ainda maiores, com economias superindustrializadas - China, principalmente - ao lado de economias frágeis e quase sem industrialização Haiti e Costa do Marfim, Uganda, Mongólia, Afeganistão, etc.
Por fim, existe o fato de que as economias não são fixas e imutáveis. Não é verdade que os países subdesenvolvidos vão ser sempre pobres e as nações ricas estarão sempre em vantagem. Mudanças ocorrem, mesmo que leve muito tempo.
Portugal, por exemplo, no século XV, era uma grande potência mundial, dispondo de um grande império. Hoje o país é um estado pouco importante, que não só não é considerado subdesenvolvido porque pertence à União Europeia. Por outro lado, durante o século XIX e XX, a China foi considerada o grande exemplo de um país pobre e sem grandes perspectivas. Mas aos poucos está se tornando uma das grandes economias do mundo, embora continue a ter milhões de pessoas vivendo na pobreza. Dentro de alguns anos pode ser que a China seja considerada um país do Norte geoeconômico.
As desigualdades no interior das sociedades humanas e entre os diferentes povos ou Nações existem desde a antiguidade. Mas, em geral, essas desigualdades eram relativamente pequenas em comparação com as de hoje. A Revolução Industrial fez com que as desigualdades internacionais se ampliassem muito.
A Revolução Industrial, iniciada em meados do século XVIII, provocou o desenvolvimento de uma pequena parte do mundo com a chamada modernidade, industrialização, urbanização, diminuição das taxas de mortalidade geral infantil, intenso uso de energia e aumento na produtividade do trabalho, etc. Mas essa revolução tecnológica também ampliou as desigualdades sociais e, principalmente, internacionais.
É importante lembrar que em 1701 1870 nenhuma instituição pesquisava a renda per capita de uma sociedade e o dólar norte-americano nem sequer existia. Em todo caso, os valores referentes a esses dois anos são estimativas feitas por historiadores e economistas, ao passo que os dados de 1950 e 2010 já são estatísticas calculados por organizações internacionais. Essa tabela nos fornece uma noção do período em que as desigualdades internacionais se acentuaram.
Como podemos constatar, as desigualdades internacionais eram pequenas em 1700 (antes da Revolução Industrial, iniciada por volta de 1750). A diferença entre o país mais rico do mundo na época e a média da do continente africano era de pouco mais de duas vezes, algo irrisório quando comparamos com as diferenças existentes hoje: os Estados Unidos tem uma renda per capita 32 vezes maior que a média da África.
Os norte-americanos em 1700 tinha uma renda média semelhante à dos latino-americanos. O Japão também não se diferenciava dos seus vizinhos asiáticos tal como passou a ocorrer a partir do século XIX. Alguns poucos países ou regiões do Globo já começaram a despontar em razão da expansão marítima comercial europeia iniciada no final do século XV e que deu origem as colônias de países como Espanha, Portugal, França, Países Baixos e Reino Unido. eles tinham uma renda média um pouco superior ao restante do mundo em virtude das riquezas que extraiam ou produziam nas colônias (ouro, prata, açúcar, algodão, madeiras nobres, etc.
Todavia, as desigualdades internacionais já eram bem mais notáveis no final do século XIX (1870). Nessa época vivemos o apogeu da Revolução Industrial, que do Reino Unido se espalhou para os Atuais países desenvolvidos. Com a industrialização, a Europa reforçou a sua posição como centro econômico e militar do globo, posição essa que já havia sido iniciada, embora timidamente com a expansão marítimo comercial dos séculos XV e XVI.
Mas até o final da Segunda Guerra mundial não se falava em dois conjuntos de países, desenvolvidos e os subdesenvolvidos, porque a grande maioria dos países pobres era colônia das potências europeias - principalmente na África e na Ásia. Como as metrópoles diziam estar civilizando ou modernizando suas colônias, não admitiam o uso do termo subdesenvolvimento, porque as colônias eram áreas sob a sua responsabilidade. A problemática das desigualdades sociais, dessa maneira, começou de fato após 1945, em especial após a descolonização das antigas colônias na África e na Ásia.