quinta-feira, 23 de agosto de 2018

A DIT - DIVISÃO INTERNACIONAL DO TRABALHO

Uma das características da Revolução Industrial foi a grande divisão do trabalho, com a conseqüente especialização do trabalhador em uma só atividade específica.
Para o capitalista essa lógica podia também ser aplicada ao sistema internacional, ou seja, os países que trabalhavam para a produção também se especializaram em uma só função ou na produção de uma só mercadoria para o mercado internacional.
A Divisão Internacional do Trabalho é, portanto, a especialização dos países na produção de determinada mercadoria destinada ao mercado global.
A expansão capitalista dos países ricos também gerou, além da simples troca de produtos, uma expansão territorial da indústria, via aplicação de investimentos e exportação de tecnologia – foi assim que os países subdesenvolvidos conseguiram se industrializar.
Após a década de 50, superada a destruição provocada pela guerra, a economia do mundo voltou a crescer num ritmo muito rápido. Dentro desse quadro, as empresas dos países industrializados (ricos) assumiram proporções gigantescas.
Essas empresas trataram de mundializar, pouco a pouco, não só a produção, mas também o consumo. Elas são atraídas pela oportunidade de melhores negócios, de maior rentabilidade para o capital, enfim de maior lucratividade. Esses fator explica o fato de alguns países subdesenvolvidos terem se industrializado, à medida que começaram a receber muitas multinacionais em seus territórios. Portanto, o elemento mais importante nesse processo da divisão internacional do trabalho é o aparecimento de países subdesenvolvidos que se destacam na exportação de industrializados – são os chamados “países emergentes”.
Assim, a divisão internacional do trabalho, assim ficou:
• Países desenvolvidos – produtores de industrializados, capitais produtivos, especulativos e empréstimos, além de tecnologia.
• Países subdesenvolvidos não-industrializados – produtos primários: agrícolas, minerais e fósseis.
• Países subdesenvolvidos industrializados – produtos primários, produtos industrializados e capitais(juros, royalties e lucros).
É importante lembrar que o processo de industrialização ocorrido nesses países foi, em grande parte, decorrente da implantação de um modelo dependente de capitais e de tecnologias do exterior. Trata-se de um processo de industrialização desigual e complementar às indústrias dos países desenvolvidos, sendo assim, comandado por interesses externos.

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