quinta-feira, 9 de agosto de 2018

O ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO HUMANO - IDH



Um outro modo de observar o mundo e regionalizá-lo é segundo o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), utilizado pelo programa das Nações Unidas para o desenvolvimento (Pnud) a fim de avaliar as condições de vida de um país.
Segundo relatório do desenvolvimento humano 2014, o IDH de 2013 foi calculado considerando o índice de esperança de vida ao nascer, a média dos anos de estudo da população acima de 25 anos, a expectativa de anos de escolaridade e o Rendimento Nacional Bruto (RNB) per capita.
Estatisticamente, o IDH de 2013 distribuiu o total de países estudados em quatro grupos: o primeiro quarto de maior IDH foi classificado como muito levado (igual ou superior a 0,800); o segundo quarto, elevado entre (0,700 e 0,799); o terceiro, médio (entre 0,550 e 0,699); e o quarto, baixo (menor que 0,550). Quanto mais próximo de 1, mais alto é o desenvolvimento.
O mapa do IDH mundial de 2013 revela as desigualdades socioeconômicas existentes entre os países. Na Suécia, por exemplo, a esperança de vida ao nascer era de 81,8 anos, a média de anos de estudo era de 11,7 anos, a expectativa de anos de escolaridade era de 15,8 anos, o RNB per capita era de 43.201 dólares e o IDH era de 0,898. Já em Moçambique, na África: a esperança de vida média era de 50,3 anos, a média de anos de estudo era de 3,2 anos, a expectativa de anos de escolaridade era de 9,5 anos e o RNB per capita era de 1.011 dólares - o IDH do país era de 0,393. Quanto ao Brasil, os dados de 2013: expectativa de vida era de 73,9 anos; a média de anos de estudo era de 15,2 anos; a expectativa de anos de escolaridade era de 7,2 anos; e o RNB per capits era de 14.275 dólares - o IDH 0,744.
Ao mostrar a média Nacional, o IDH oculta as diferenças regionais internas do país. Mesmo em países ricos, como os Estados Unidos, há diferenças regionais marcantes. O mesmo se pode afirmar em relação ao Brasil.
Embora o Brasil esteja entre os países de IDH elevado, em 2013, não se pode ignorar que vários indicadores socioeconômicos brasileiros estão muito defasadas em relação à países europeus, como a Sérvia, a Ucrânia e outros que estão no mesmo grupo de IDH em que se situa o Brasil. O IDH elevado do Brasil esconde diversas desigualdades sociais: O saneamento básico é ainda muito deficiente; em 2012, a mortalidade infantil era elevada (15,7 % - por 1000) e a taxa de analfabetismo de adulto era de 8,7%. Além disso, há grande desigualdade de renda entre a população, e muitos brasileiros vivem na condição de pobreza extrema. Em 2013, cerca de 20% das famílias brasileiras tinham rendimento per capita de até meio salário mínimo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário