quarta-feira, 8 de agosto de 2018

AS MIGRAÇÕES INTERNAS E AS EMIGRAÇÕES

Migração é o deslocamento de indivíduos ou o movimento que a população faz pela superfície terrestre, indo de uma região para outra ou de um país para outro, envolvendo mudanças permanentes de residência. Quando a migração ocorre no interior de um país, recebe o nome de migrações internas ou nacionais. Quando ocorrem entre países trata-se de migrações externas ou internacionais. Quando um indivíduo sai de seu país em direção a outro, ele é chamado de emigrante, porém, quando ele entra ou chega em outro país, ele é chamado de imigrante.
A população de uma região migra para outra, principalmente, em consequência do fator econômico. Se na região há falta de emprego e a população encontra dificuldades para conseguir as condições mínimas de sobrevivência, é comum que pessoas e famílias migrem para outros espaços que ofereçam possibilidades de melhores condições de vida – acesso a alimentação, habitação, vestuário, saúde, educação, lazer etc.
Desde os anos de 1950 a 1970, a Grande Região Nordeste do Brasil tornou-se a principal região de repulsão ou de saída de migrantes para outras regiões do país. Isso ocorreu devido à baixa oferta de empregos, aos baixo salários, às secas no Sertão, entre outros fatores.
A industrialização do Sudeste, principalmente nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro, como também a construção de Brasília, na Região Centro-oeste, atraíram muitos migrantes em busca de melhores condições de vida. Assim, essas grandes regiões tornaram-se áreas de atração de população nesses períodos.
Nas décadas de 1970 a 1990, apesar de o fluxo migratório do Nordeste para o Sudeste ter continuado, nesse período houve também um grande fluxo de migrantes do Sudeste, do Sul e do Nordeste para as regiões do Centro-Oeste e Norte. Isso aconteceu por conta da construção de rodovias, incentivos dos governos através da doação de lotes de terras para a prática agrícola , a descoberta de ouro e diamantes em Roraima e o avanço da agricultura e da pecuária em terras antes não utilizadas, processo conhecido como expansão da fronteira agropecuária.
A partir da década de 1990, começa a ocorrer a migração de retorno, movimento da população de volta aos locais de origem, diminui, também, o fluxo migratório do Nordeste para o Sudeste.
Os programas sociais governamentais – (bolsa família, programas de transferência de renda do governo federal) e o crescimento econômico do Nordeste, tem sido apontados como os responsáveis pela diminuição do fluxo migratório Nordeste-Sudeste.
A migração campo-cidade, denomina-se êxodo rural, é o principal movimento populacional interno do Brasil. Em 1950, de cada 100 habitantes cerca de 69 moravam no campo, formando a população rural; 31 viviam nas cidades e formavam a população urbana.
O ritmo acelerado da industrialização brasileira, somado aos problemas no campo – com baixos salários e o difícil acesso à propriedade da terra pelos trabalhadores rurais, foi o grande motivador do êxodo rural. Hoje o Brasil é um país predominantemente urbano, 85% da população vivem nas cidades.
Um outro tipo de migração é a temporária – caracteriza-se pelo deslocamento de indivíduos para localidades onde há trabalho durante um tempo determinado e que retornam para o lugar de origem depois de concluírem a tarefa. É o que ocorre com aqueles que se deslocam da região Nordeste para a Sudeste em épocas de colheitas.
As migrações pendulares ocorre quando os trabalhadores ou estudantes se deslocam diariamente, indo e voltando, semelhante ao movimento do pêndulo, para os grandes centros urbanos, onde estão localizados seus empregos e locais de estudo.

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